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Assassinato de candidato à presidência do Equador abala processo eleitoral; Villavicencio já havia sofrido ameaças

Fernando Villavicencio foi assassinado por tiros enquanto saía de um comício em Quito. Cerca de 30 tiros foram disparados durante o evento, resultando em nove feridos.

10 Ago 2023 - 18h28 | Atualizado em 10 Ago 2023 - 18h28
Assassinato de candidato à presidência do Equador abala processo eleitoral; Villavicencio já havia sofrido ameaças Lorena Bueri

O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi morto na última quarta-feira (9) após ser alvejado por tiros enquanto deixava um comício político, realizado no Anderson College, em Quito, a capital do país.

A mídia local informou que aproximadamente 30 disparos foram efetuados durante um evento no norte de Quito. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram Villavicencio entrando em um veículo após o evento, seguido pelo som aparente de tiros e gritos.

Ao menos nove pessoas foram feridas durante o ataque, incluindo o candidato à presidência e dois policiais, conforme divulgado pela Procuradoria Geral do Equador.

Tanto a polícia quanto o Ministério do Interior do Equador ainda não responderam aos pedidos de comentários sobre os detalhes do assassinato. Entretanto, o presidente Guillermo Lasso confirmou que a polícia conseguiu desativar com segurança uma granada deixada pelos agressores.


O atual presidente do Equador, Guilherme Lasso lamenta a morte de Fernando Villavicencio. (Reprodução/GuilhermeLasso/Twitter)


Crime político

Lasso afirmou por meio de um comunicado em vídeo, após a meia-noite no horário local, que "este é um crime político com características de terrorismo", acrescentando que não há dúvidas de que o assassinato visa sabotar o processo eleitoral. Ele fez essa declaração após se reunir com autoridades eleitorais e de segurança.

Indivíduos suspeitos

Um dos indivíduos suspeitos de estar envolvido no assassinato de Villavicencio foi morto em Quito na noite de quarta-feira (9), de acordo com o Ministério Público do país.

O suspeito, cuja identidade ainda não foi revelada, foi atingido em um tiroteio com seguranças pessoais do candidato. Embora tenha sido levado em estado grave para a Unidade de Flagrantes de Quito, ele não resistiu aos ferimentos.

Em uma entrevista na semana anterior, Villavicencio havia denunciado que estava sendo ameaçado por um cartel do país.

Ameaças 

O candidato relatou que, dias antes, um membro de Manabí havia sido abordado por emissários do líder do cartel Los Choneros. Eles o ameaçaram, dizendo que, caso Villavicencio continuasse mencionando os Los Choneros, sofreria retaliações. Los Choneros é uma organização criminosa equatoriana envolvida em atividades como tráfico de drogas, extorsão e homicídios.

Apesar da ameaça, Villavicencio afirmou que não suspenderia sua campanha eleitoral e que apresentaria uma denúncia formal contra as eles. Ele também havia previamente responsabilizado o cartel por qualquer possível atentado contra ele, sua família ou sua equipe.

Logo depois do assassinato, vários candidatos suspenderam suas campanhas eleitorais no Equador. No entanto, o presidente Guillermo Lasso declarou que as eleições presidenciais planejadas para 20 de agosto seriam mantidas. Ele decretou um estado de exceção no país e realocou as Forças Armadas em todo o território por 60 dias, visando a segurança da população e a realização das eleições democráticas.

Sobre Fernando Villavicencio

Villavicencio, nascido em 11 de outubro de 1963 em Alausí, teve uma carreira multifacetada como jornalista, sindicalista e político. Ele estudou jornalismo na Universidade Cooperativa da Colômbia, onde se formou e iniciou sua carreira como comunicador social. Posteriormente, ingressou na política como um dos fundadores do Partido Pachakutik em 1995. Suas atividades também envolveram trabalhos na Petroecuador, onde se destacou como crítico das questões ambientais e trabalhistas, bem como das administrações presidenciais.

Foto destaque: Fernando Villavicencio foi vítima de um atentado durante comício em Quito. Reprodução/Redes sociais/EstadodeMinas

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