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Argentinos vão às ruas para pedir a criminalização do aborto

Manifestantes ocuparam as ruas de Buenos Aires contra a legalização do aborto, vigente desde 2021, que permite o procedimento até 14 semanas sem justificativa

30 Mar 2025 - 10h58 | Atualizado em 30 Mar 2025 - 10h58
Argentinos vão às ruas para pedir a criminalização do aborto Lorena Bueri

Manifestantes ocuparam as ruas de Buenos Aires na tarde de sábado (29), protestando a favor da criminalização do aborto. O movimento pede o fim da legislação que legalizou o procedimento durante o governo anterior. 

Atualmente, a lei garante à gestante o direito de realizar o abortamento dentro de um prazo de até 14 semanas de gravidez, sem a necessidade de justificativas como estupro ou complicações médicas. Os manifestantes alegam que essa permissão representa uma afronta aos valores que defendem e que o governo atual deveria revogar essa decisão.

Posicionamento

O movimento se opõe fortemente à decisão, defendendo que a medida vai contra valores tradicionais e religiosos, buscando reverter a legislação atual. Os participantes do protesto tomaram as ruas segurando cartazes, lenços e até mesmo um feto gigante, que foi transportado por uma estrutura presa a um carro. 

No meio da multidão, cartazes exibiam frases de impacto, como “Ilegal, inseguro e caro”. Muitos manifestantes agitavam lenços azul-claro no ar, cor que, na América Latina, simboliza o movimento antiaborto.



Várias mulheres segurando cartazes com frase antiaborto (Foto: reprodução/@provida.chile/Instagram)


Vale ressaltar que a legalização do aborto voluntário ainda é recente na Argentina. A lei foi aprovada pelo Senado em dezembro de 2020 e entrou em vigor em 2021, garantindo às mulheres o direito de interromper a gestação dentro do prazo estipulado.

Retrocesso do governo Milei

Em 2024, o partido do presidente Javier Milei apresentou ao Senado um projeto de lei que buscava reverter a legalização do aborto e restabelecer sua criminalização. No entanto, a medida não avançou, pois não obteve apoio suficiente entre os parlamentares. 

Apesar disso, o governo Milei adotou outras medidas, como o corte de financiamento para programas de educação sexual, distribuição de contraceptivos e pílulas abortivas. Em um discurso oficial na ONU, Milei declarou que considera as políticas de direitos reprodutivos "ridículas", reforçando sua postura contrária ao aborto e ao financiamento de medidas que o facilitem.

Foto destaque: Manifestantes seguram uma faixa que está escrito "Marcha por la vida Argentina. Jugate por la vida."  (Reprodução/Instagram/@sandrabronzina)

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