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Argentina de Milei vota contra resolução da ONU pelo fim da violência contra a mulher

Nesta quinta-feira (14), o país "hermano" foi o único a votar contra a resolução da ONU que tratava sobre o fim da violência de gênero

15 Nov 2024 - 16h53 | Atualizado em 15 Nov 2024 - 16h53
Argentina de Milei vota contra resolução da ONU pelo fim da violência contra a mulher Lorena Bueri

Indo na contra mão mundial no que tange questões sociais, nesta última quinta-feira (14), a República Argentina, governada pelo presidente Javier Milei, se posicionou contra uma resolução da Assembleia Geral da das Nações Unidas que pedia o fim da violência contra meninas e mulheres no mundo.

A resolução, que aborda a luta contra a violência de gênero — uma questão mundial importantíssima, ainda tão presente na América do Sul— , gerou surpresa ao ser rejeitada pelo governo de Milei. O debate impulsionado pela Organização das Nações Unidas, traz luz a um tema crucial no mundo contemporâneo e intercede que seus países membros sejam atuantes ativos no combate que visa não apenas a prevenção, mas principalmente a eliminação de todo e qualquer tipo de violência contra as meninas e mulheres.

 A resolução debatida na Assembleia Geral das Nações Unidas, mesmo recebendo um único voto contra, da Argentina, e 13 abstenções, conseguiu sua aprovação ao receber 170 votos favoráveis.

Histórico de posições contrárias e polêmicas

Infelizmente, não é a primeira em que a Casa Rosada gera indignação e surpresa com suas posições em assembleias promovidas pela ONU, recebendo duras críticas tanto na comunidade internacional quanto entre sua população. O mais recente caso polêmico ocorreu no debate que abordava os direitos dos povos originários, votado na última segunda-feira (11). Na ocasião, o novo ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein também foi o único a votar contra a resolução.



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Casa Rosada, sede do governo Argentino (Foto: reprodução/Luiz Fernando Zmetek Granja/Getty Images Embed)



Ministra substituída por não se alinhar ao governo

Antes de o atual ministro assumir o cargo, o ministério era chefiado por Diana Mondino. A então ministra foi demitida  da chancelaria por, aparentemente, não se alinhar ao governo ao votar a favor do fim do embargo econômico imposto pelos EUA a Cuba. Ao se posicionar dessa maneira, Milei interpretou que Diana estaria a favor de Cuba, possivelmente alinhada à pautas comunistas e contra a liberdade, o que poderia atrapalhar sua futura relação com o presidente eleito Donald Trump.

Gerando um mal- estar não apenas externo, mas também interno, o governo do excêntrico presidente Javier Milei afirmou, em comunicado, que o seu foco principal é alinha-se aos ideais democráticos do Ocidente e que realizará um pente-fino na Chancelaria, a fim de identificar os contrários à sua linha de governo.


Foto Destaque: Presidente argentino Javier Milei (reprodução/Instagram/@javiermilei)

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