No dia 11 de janeiro de 2023, dados levantados sobre a economia da Argentina foram apurados e revelaram que a taxa anual de inflação do país havia atingido mais de 211% em 2023, seu ápice desde a década de 90. Com os fatos apresentados, o país superou o Líbano, com a contagem de 192.3% no mesmo ano, no quesito inflação. As informações são do banco Credit Libanais.
Antiga fachada da Casa de la Moneda (Foto: reprodução/ Livecoins)
As consequências do governo Milei
Com seu precoce governo, Javier Milei enfrenta dificuldades para conciliar a satisfação popular e sua administração executiva. O presidente alertou os argentinos, nas suas primeiras semanas de governo, sobre a possível desestabilização econômica que o país enfrentaria nos primeiros meses de seu mandato, por causa das medidas severas em relação à nova economia proposta. Desde dezembro de 2023 a inflação aumentou, subitamente, para 25% do seu usual. O peso argentino nos últimos meses foi desvalorizado pela decisão presidencial de dolarizar a economia e abolir o Banco Central. O futuro do país em relação à inflação ainda é desconhecido e, por consequência, a pobreza na Argentina aumenta cada vez mais. A Central Geral de Trabalhadores (CGT) anunciou uma greve geral dos trabalhadores para o dia 24 de janeiro, em resposta à situação.
Lista de inflação pelo mundo
A América do Sul lidera a inflação no mundo, no último ano de 2023. Na lista divulgada pelo Credit Libanais, a Venezuela assumia o topo da lista de maiores inflações do mundo, possuindo 189.9% de inflação no país, recentemente superada pela Argentina. No Brasil, os resultados da inflação estiveram estáveis durante todo o mês de dezembro de 2023. O Índice de preços ao consumidor (IPCA) do Brasil, em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, esteve em 0,56% em dezembro, e fechou o ano em 4,62%, a menor taxa de inflação em três anos.
Foto em destaque: pesos argentinos (reprodução/ Maxi Gagliano/ Pexels)