O Conselho de Segurança da ONU leu, nesta terça-feira (17), a resolução do conflito proposta pelo Brasil. A reunião entre parlamentares ocorreu após Israel realizar novos ataques na região durante esta madrugada. Em uma situação crítica, o chefe do gabinete de comunicação social do governo do Hamas, Salama Marouf, emitiu um comunicado e clamou por ajuda dos países por conta da crise de saúde pública vivida pelos residentes da Faixa de Gaza.
Resolução do Brasil para o conflito
Desde ontem (16), a Organização das Nações Unidas tem reunido seus países-membros para buscar uma solução para o conflito entre Israel e Palestina. Uma resolução proposta pela Rússia foi recusada pelo órgão. Como os Estados Unidos e o Reino Unido votaram contra a oferta russa e são membros fixos do Conselho - ou seja, com poder de veto -, o texto não foi aprovado.
Já no caso da resolução do Brasil, considerada mais equilibrada, a chance de aprovação é maior. O texto condena os ataques feitos pelo grupo terrorista palestino do dia 7 de outubro, exige a libertação dos reféns e pede uma pausa humanitária no conflito. No entanto, chamou a atenção o fato que o documento não pede o cessar-fogo.
Palestinos sobre destroços após os ataques de Israel. (Reprodução/X: @UOLNoticias)
Novos bombardeios em Gaza
Novos ataques foram protagonizados por Israel no Sul da Faixa de Gaza. Os alvos, desta vez, foram as cidades de Rafah, que faz fronteira com o Egito, e Khan Yunis. Segundo as informações, 49 pessoas foram mortas.
A situação enfrentada pelos residentes palestinos é bastante grave. Com falta de água, luz, comida e vivendo em uma situação de calamidade, o chefe do gabinete de comunicação social do governo do Hamas, Salama Marouf, detalhou a situação:
“A situação dos feridos, das vítimas, da destruição das casas, a infraestrutura da região, as perdas econômicas e as instalações públicas originaram uma enorme crise humanitária em Gaza. Os residentes estão vivendo algo diferente de tudo o que foi visto em agressões feitas anteriormente.”
Apesar de ter criticado o “declínio notável na resposta internacional”, Marouf apontou que uma ação dos outros países é “urgentemente necessária” para acabar com o conflito, chamado por ele como “campanha de limpeza étnica” a partir da ocupação do território palestino
Foto destaque: Assembléia da ONU se organiza para buscar uma resolução para o conflito entre Israel e Palestina. (Reprodução/X: @centralpolitics)