Hoje (15), em nota, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou que o apagão nos estados do Sul e Sudeste foi proposital. Uma “ação controlada”, que ocorreu na manhã desta terça-feira (15), foi planejada pelo ONS com o objetivo de criar uma “separação elétrica” no sistema interligado entre os estados do país.
Com exceção do estado de Roraima, que não faz parte desta linha, todos os outros estados foram atingidos por volta das 8h40 da manhã. O Governo ainda está apurando as causas do problema e diz que os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já foram normalizados até 10h22.
O gráfico mostra uma queda brusca na geração de energia por na manhã desta terça-feira (15) (Foto: Reprodução/ONS)
O apagão nos estados
A energia dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste já está funcionando plenamente. No entanto, a região Norte e Nordeste ainda estão na espera, com 41% e 85% da carga elétrica recomposta, respectivamente. No entanto, não se sabe as causas deste problema, que ainda estão sendo apuradas pelo ONS.
"Houve pelo menos 16 mil MW de interrupção de energia. A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação controlada para evitar propagação da ocorrência", diz o ONS. Logo após, a instituição divulgou dados mostrando que, dos 16 mil megawatts (MW) interrompidos, 13,5 mil MW já tinham sido recompostos até as 12h25.
Esta ação comprometeu a ligação elétrica entre os estados do Sul e Sudeste com o Norte e Nordeste, que estão em processo de recuperação. Felizmente, todas as capitais do Nordeste já estão com seus suprimentos de energia normalizados.
Ministério de Energia
O Ministério de Minas e Energia confirmou as informações do ONS e informou que o ministro Alexandre Silveira comunicou o gabinete para que se criasse uma "sala de situação" para monitorar o caso. O ministro está em viagem em Assunção, no Paraguai, acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presenciar a posse do novo presidente, Santiago Peña.
Um dos motivos da participação de Alexandre Silveira na cerimônia é o fato do Brasil e Paraguai compartilharem a gestão da usina hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre os países.
Foto destaque: Cidade com luzes apagadas. Reprodução/Outras Palavras/Roberto D’Araújo