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Análise de ação contra Flávio Bolsonaro por possível ligação com milícia é adiada pelo Conselho de Ética

Presidente do Conselho de Ética justificou o adiamento da análise da representação feita por PSOL, PT e Rede, por necessidade de aguardar parecer de Advocacia do Senado

14 Jun 2023 - 14h11 | Atualizado em 14 Jun 2023 - 14h11
Análise de ação contra Flávio Bolsonaro por possível ligação com milícia é adiada pelo Conselho de Ética  Lorena Bueri

Nesta quarta-feira (14), o Conselho de Ética decidiu adiar a análise de uma representação feita pelo PT, PSOL e Rede contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Os partidos acusam que o parlamentar tenha algum envolvimento com a milícia no Rio de Janeiro.  

A análise constava como o segundo item da pauta que seria analisada nesta quarta-feira, isto incluia mais 12 representações. O presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (União Brasil – MT), no momento em que deu início a leitura da representação contra o filho de Jair Bolsonaro, alegou que retiraria a pauta por considerar que ela aguarda parecer da advocacia do Senado para o caso. 

Segundo Jayme Campos, a abertura de processos que visam investigar conduta de senadores não considera o mérito, ou seja, o conteúdo da acusação. Ele reforçou que a representação só é avaliada caso cumpra os requisitos regimentais necessários para prosseguir.  

O senador Flavio Bolsonaro não compareceu à sessão que avaliaria seu possível envolvimento com a milícia. Além disso, ele ainda não expos uma defesa formal ao Senado, contra a acusação que recebeu. Ainda que o parlamentar sempre tenha negado seu envolvimento com este tipo de organização.  


Flávio Bolsonaro. (Foto: Reprodução/ Agência Senado/ Jefferson Rudy)


Segundo a representação, o PSOL acusa o parlamentar de ter forte ligação com as milícias que tomam parte do Rio de Janeiro. A legenda afirma que existem inúmeras comprovações que apontam relações íntimas do senador com peças importantes da milícia carioca, o texto ainda relembra da relação exposta entre o parlamentar e Capitão Nóbrega, que foi morto em Esplanada, na Bahia.  

A representação do PSOL ainda traz o nome de Adriano da Nóbrega, que era um miliciano carioca que morreu durante um confronto contra policiais na Bahia, no início de 2020. Tanto a mãe quanto a esposa do miliciano trabalharam como assessoras do senador Flávio Bolsonaro.  

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que Adriano da Nóbrega era envolvido no esquema que ficou conhecido como “rachadinha”, aonde funcionários do senador enviavam a ele parte de seus salários.  

 Foto Destaque: Flávio Bolsonaro. Reprodução/ Agência Senado/ Edilson Rodrigues

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