Nesta quarta-feira (14), o Conselho de Ética decidiu adiar a análise de uma representação feita pelo PT, PSOL e Rede contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Os partidos acusam que o parlamentar tenha algum envolvimento com a milícia no Rio de Janeiro.
A análise constava como o segundo item da pauta que seria analisada nesta quarta-feira, isto incluia mais 12 representações. O presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (União Brasil – MT), no momento em que deu início a leitura da representação contra o filho de Jair Bolsonaro, alegou que retiraria a pauta por considerar que ela aguarda parecer da advocacia do Senado para o caso.
Segundo Jayme Campos, a abertura de processos que visam investigar conduta de senadores não considera o mérito, ou seja, o conteúdo da acusação. Ele reforçou que a representação só é avaliada caso cumpra os requisitos regimentais necessários para prosseguir.
O senador Flavio Bolsonaro não compareceu à sessão que avaliaria seu possível envolvimento com a milícia. Além disso, ele ainda não expos uma defesa formal ao Senado, contra a acusação que recebeu. Ainda que o parlamentar sempre tenha negado seu envolvimento com este tipo de organização.
Flávio Bolsonaro. (Foto: Reprodução/ Agência Senado/ Jefferson Rudy)
Segundo a representação, o PSOL acusa o parlamentar de ter forte ligação com as milícias que tomam parte do Rio de Janeiro. A legenda afirma que existem inúmeras comprovações que apontam relações íntimas do senador com peças importantes da milícia carioca, o texto ainda relembra da relação exposta entre o parlamentar e Capitão Nóbrega, que foi morto em Esplanada, na Bahia.
A representação do PSOL ainda traz o nome de Adriano da Nóbrega, que era um miliciano carioca que morreu durante um confronto contra policiais na Bahia, no início de 2020. Tanto a mãe quanto a esposa do miliciano trabalharam como assessoras do senador Flávio Bolsonaro.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que Adriano da Nóbrega era envolvido no esquema que ficou conhecido como “rachadinha”, aonde funcionários do senador enviavam a ele parte de seus salários.
Foto Destaque: Flávio Bolsonaro. Reprodução/ Agência Senado/ Edilson Rodrigues