Amazônia: Desmatamento tem queda no primeiro mês de 2023

O número mostra uma queda de 61% em relação ao mesmo mês de 2022, período em que foi registrado uma área desmatada de 430 quilômetros quadrados no bioma.

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10 fev, 2023

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento da Amazônia teve uma queda em janeiro. Segundo o Sistema região teve 167 quilômetros quadrados desmatados no mês passado. 

O número mostra uma queda de 61% em relação ao mesmo mês de 2022, período em que foi registrada uma área desmatada de 430 quilômetros quadrados no bioma.  De acordo com o Deter, os estados que mais tiveram registros de desmatamento no bioma foram Mato Grosso (69 quilômetros quadrados), Pará (32) e Roraima (31), somando 79% do total de destruição em janeiro de 2023 na Amazônia legal.

Quando se trata de Ranking, os top 3 de municípios que mais desmataram fica para os estados do Mato Grosso  (Porto dos Gaúchos, Querência e Tabaporã), com uma área de 33 quilômetros quadrados. Já no cerrado foram destruídos 442 quilômetros quadrados. O nível de destruição do bioma foi duas vezes superior ao desmatamento na mantendo Amazônia.

Os dois estados que mais desmataram são da área que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – região considerada a principal fronteira de expansão agrícola no Brasil e uma das grandes frentes de de destruição de ecossistemas do mundo. Bahia e o Piauí contribuíram para 63% da área desmatada no bioma. Tendo sido desnatado na Bahia 156 quilômetros quadrados e no Piauí 124 quilômetros quadrados.

“Ainda é cedo para falar sobre uma reversão de tendência, já que parte desta queda pode estar relacionada com uma maior cobertura de nuvens no período. O Sistema Deter usa imagens de satélites com sensores ópticos que podem ser afetados pela ocorrência de nuvens. Portanto, precisaremos estar atentos aos dados dos próximos meses”, explica Daniel E Silva, especialista em Conservação do WWF-Brasil. 

 


Mapa amazônia legal (Reprodução – Cursos CPT)


“Chegou também a hora de abrirmos os olhos para os riscos de exclusão de mercados mais exigentes, como o europeu, que fechou as portas aos produtos agropecuários associados ao desmatamento”, acrescenta Machado.  As contribuições para o Amazônia Legal,  vindas da França, EUA, Reino Unido e União Europeia, foram paralisadas em 2019, mas as discussões acerca da retomada das contribuições retomaram no novo governo brasileiro.

 

Foto de destaque: Amazônia devastada. Reprodução: Painel de Fato/ IBAMA

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