Segundo informações do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve uma diminuição nos alertas de desmatamento na Amazônia em setembro de 2023, em comparação ao mesmo mês no ano passado. Por outro lado, os alertas no Cerrado aumentaram em comparação ao mês e ao ano.
Dados sobre os alertas
Dados do Deter mostram que, em setembro deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 57% em relação ao mesmo mês de 2022, reduzindo de 920 hectares para 590. Do começo do ano a setembro, foram 49,5% de redução na área degradada.
Por outro lado, no Cerrado, os alertas aumentaram 149% em setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado, e 27% no ano. Considerando a extensão desmatada, a savana perdeu 516 hectares de vegetação.
Situação de cada estado
Dez municípios, localizados na Amazônia, concentram 30% do total de áreas sob alertas de desmatamento no acumulado do ano. Sendo eles: Altamira (PA), Apuí (AM), Feliz Natal (MT), São Félix do Xingu (PA), e Porto Velho (RO).
Período de seca no Cerrado. (Foto: reprodução/CNN Brasil)
Em relação a setembro, os estados amazônicos com os maiores índices de alertas foram Pará (282,2 hectares), Mato Grosso (116,5 hectares) e Amazonas (94,6 hectares).
Os estados situados no cerrado que tiveram maior avanço do desmatamento foram Bahia (90,5 hectares), Tocantins (83,6 hectares) e Piauí (47,8 hectares). O crescimento tem maior foco na região conhecida como Matopiba, a nova fronteira agrícola.
Plano de ação do Governo
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), retomou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), programa responsável pela diminuição considerável do desmatamento no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2004.
Com um novo alerta para a região do Cerrado, o governo federal criou um programa inédito para o bioma, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado).
Foto destaque: Área desmatada em Nova Xavantina (MT), na fronteiraentre Amazônia e Cerrado. Reprodução/Amanda Perobelli/Reuters