Nesta semana, fotos falsas da cantora Taylor Swift geradas por inteligência artificial foram divulgadas nas redes sociais, o que levou a Casa Branca a se pronunciar oficialmente nesta sexta-feira (26), classificando a situação como "alarmante".
Fãs levantam hashtag em favor de Taylor
Essas imagens comprometedoras da cantora começaram a circular nas redes sociais, mas logo foram identificadas como artificiais. A reação imediata dessas imagens incendiou os ânimos dos fãs da cantora, que, indignados, lançaram a hashtag "protejamTaylor", transformando-a em um dos tópicos mais comentados na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, conforme a CNN Brasil.
Casa Branca se posiciona
Karine Jean-Pierre, secretária de imprensa da Casa Branca, em uma coletiva de imprensa, não poupou palavras ao expressar a preocupação do governo diante desse tipo de desinformação, enfatizando o papel crucial das empresas de mídia social no enfrentamento à disseminação dessas imagens.
Karine Jean Pierre se pronuncia sobre o caso dos falsos 'nudes' da cantora e diz ser "alarmante" (Foto: reprodução/Newsweek)
"Isso é profundamente alarmante", declarou Jean-Pierre. "Portanto, enviaremos todos os esforços possíveis para abordar esta questão", disse a secretária de imprensa. “Embora as empresas de redes sociais tomem as suas próprias decisões independentes sobre a gestão de conteúdos, acreditamos que têm um papel importante a desempenhar na aplicação das suas próprias regras para evitar a propagação de desinformação e de imagens íntimas e não consensuais de pessoas reais”, acrescentou.
A secretária sugeriu que o Congresso adote medidas mais abrangentes para lidar de forma eficaz com a disseminação de conteúdo fabricado por inteligência artificial.
Um futuro preocupante
Há alguns anos, uma pessoa precisava ter um certo nível de conhecimentos técnicos para criar conteúdo por Inteligência Artificial (IA), mas com rápidos avanços na tecnologia, agora é uma questão de baixar um aplicativo ou apenas cliques.
Agora, os especialistas dizem que existe toda uma indústria comercial que prospera na criação e partilha de conteúdos fabricados digitalmente que parecem apresentar abuso sexual. Alguns dos sites que divulgam essas falsificações têm milhares de membros pagantes.
No ano passado, uma cidade na Espanha ganhou as manchetes internacionais depois que várias jovens estudantes disseram ter recebido imagens fabricadas de si mesmas nuas, criadas usando um "aplicativo de despir" de fácil acesso, alimentado por inteligência artificial, levantando uma discussão mais ampla sobre os danos que essas ferramentas podem causar.
Foto destaque: Taylor Swift (Reprodução/Forbes Brasil)