Nesta sexta-feira (3), a Marinha do Brasil afundou um porta-aviões desativado em São Paulo. O navio navegava sem permissão para entrar no Brasil e exterior e levanta questionamentos sobre ele.
O navio, que já pertenceu a França, foi comprado pela marinha brasileira no ano 2000. Foi barrado primeiramente pela Turquia, que decidiu enviar a carcaça de volta para o Brasil, mas ao chegar no país, as autoridades perceberam que o navio apresentava risco, pois ele continha poluentes, como, por exemplo, amianto, o qual na época de sua construção – década de 60 – não era proibido.
Como forma de contornar a situação, a Marinha do Brasil decidiu afundar o navio. A Marinha também constatou danos irreparáveis no porta-aviões, como buracos parcialmente imersos, 2.787 metros cúbicos de água em compartimentos internos e uma inclinação visível para esquerda.
Porém, a decisão da Marinha está sendo questionada pelo Ministério Público Federal e pelo IBAMA.
Porta-aviões foi visto pelo satélite do Greenpeace. Divulgação/Greenpeace
O IBAMA acredita que o porta-aviões pode causar danos ambientais como: liberação de materiais poluentes causando danos na filtração e crescimento de organismos aquáticos; morte de espécies pelo impacto físico; incentivo para espécies invasoras usarem a carcaça do navio, e com isto mudança na biodiversidade.
O IBAMA então pediu para a Marinha do Brasil estudar alternativas para reduzir os danos que o afundamento vai trazer.
Além dos questionamentos levantados pelas autoridades que são contra o afundamento, também existem questionamentos sobre o procedimento do afundamento. Como, por exemplo, como afundamento ocorreu; quanto tempo levou; qual foi o custo da operação.
Além disto também é questionado o motivo para terem levado tanto tempo para aposentarem o porta-aviões e sobre informações da compradora. Assim como, também existem dúvidas sobre como será o procedimento depois do afundamento, levando em consideração o dano financeiro, ambiental e posicionamento das autoridades brasileiras referente aos possíveis cenários que podem ocorrer.
Foto destaque: Foto arquivada do porta-aviões. Divulgação/Marinha do Brasil.