As ações em Hong Kong registraram uma queda de 13% nesta segunda-feira (7), após o governo chinês anunciar tarifas de 34% sobre produtos dos Estados Unidos em resposta às taxas impostas por Donald Trump à China.
Mercado chinês
O índice Hang Seng despencou 13%, marcando a maior queda desde 1997, com as ações de empresas de tecnologia, energia solar, bancos e varejistas online afundando, à medida que os investidores se desfizeram de qualquer ativo vinculado ao crescimento e ao comércio global. As vendas forçadas ocorreram de maneira intensa, evidenciando a rapidez com que o clima de incerteza se estabeleceu.
Além disso, um índice que monitora as ações chinesas de tecnologia registrou uma queda recorde de 17%. Há um aumento nas preocupações de que a guerra comercial entre China e os Estados Unidos afete os planos de crescimento de Pequim.
Display eletrônico mostrando índice de Hang Seng (Foto: reprodução/Vernon Yuen/Getty Images Embed)
Índices acionários na Ásia
Todos os principais índices acionários da Ásia fecharam em baixa, conforme detalhado abaixo. Tóquio acionou o circuit breaker, um mecanismo que suspende temporariamente a negociação de ações em resposta a perdas acentuadas.
Hong Kong: - 13,22%
Shenzhen: - 9,66%
Xangai: -7,34%
Tóquio: - 7,83%
Seul: - 5,57%
Sydney: - 4,23%
Reação chinesa
Nesta sexta-feira (4), o governo chinês anunciou que, a partir de quinta-feira (10), será aplicada uma tarifa de 34% sobre todos os produtos americanos como resposta às tarifas impostas por Trump. Segundo analistas financeiros, a decisão de Trump resultaria em uma guerra comercial.
Tarifas impostas por Trump
Na última quarta-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas recíprocas sobre produtos importados de todos os países, exceto para seus parceiros comerciais, México e Canadá.
A tarifa mínima sobre os produtos importados pelos Estados Unidos foi fixada em 10% e entrou em vigor neste sábado (5), afetando países como Brasil e Argentina.
A partir desta quarta-feira (9), será implementada uma taxação com percentuais mais altos em outros países, como a União Europeia, que terá uma tarifa de 20%, e a China, que enfrentará uma taxa de 34%, além da taxa de 20% já vigente sobre os produtos chineses.
Foto Destaque: índice da bolsa de valores de Hong Kong (Reprodução: Lam Yik/CNN BRASIL)