Na última segunda-feira (12), o valor do Bitcoin, por unidade, ultrapassou os U$50 mil dólares. Porém, essa valorização não parou e, ontem, quarta-feira (14), seu valor de mercado conseguiu ultrapassar a marca de U$ 1 trilhão novamente, de acordo com o Coin Market Cap.
Tal feito não é atingido desde 2021, quando o Bitcoin, além de outras criptomoedas, atingiram o patamar mais alto até aquele momento de reconhecimento e de confiança por parte do mercado. Com o aumento da inflação, após esse marco, nos anos seguintes, o mercado passou a enxergar com desconfiança os investimentos no setor. Essa perspectiva mudou nesta semana a partir de acenos do Governo Federal americano e do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) para algumas medidas econômicas, a fim de diminuir a inflação e as taxas de juros. Com essas mudanças, o bitcoin sobe 5,39% chegando a U$51.684,12 e o ethereum subiu 4,87%, chegando a U$2.758, 56, de acordo com a Binance.
Digitalização do logo do Bitcoin (Foto: reprodução/jaydeep_/Pixabay)
O que mudou nos Estados Unidos para reverter a desvalorização
O ano de 2024 já está sendo marcado, nos EUA, pela acirrada eleição em que já se desenha uma possível disputa entre Biden e Trump. Com isso, há a preocupação do atual governo em baixar os níveis de inflação, assim como em diminuir as taxas de juros. Além disso, houve uma tentativa do governo de regularizar as transações feitas na Bolsa de Valores buscando dar mais segurança aos investidores. Sendo assim, esse conjunto de fatores, juntamente com a fala na última quarta-feira (14) do presidente do FED, Austan Goolsbee, sobre manter a inflação em 2%, geraram a confiança necessária para que os investidores voltassem a olhar para as criptomoedas, de forma geral.
O Bitcoin e sua trajetória nos últimos anos
A criptomoeda mais famosa do mundo teve um aumento de 16,3% apenas em 2024, impulsionando-a ao marco inatingido desde 2021, ano em que obteve a sua mais alta valorização no mercado. O Bitcoin teve, após essa alta histórica, uma queda brusca de valorização depois do colapso da “stablecoin” TerraUSD em maio de 2022, momento em que, com as crises das criptomoedas a partir de sua proliferação e incertezas com relação ao lucro, aumentou mais ainda a insegurança com o setor a partir de inúmeras empresas falindo como a exchange FTX e o fundo de hedge Three Arrows Capital (3AC) e a Celsius Network.
Foto Destaque: logo do Bitcoin (reprodução/Michael Wuensch/Pixabay)