O primeiro teste do Real Digital, conduzido pelo consórcio composto pela Caixa Econômica Federal, a bandeira de cartões Elo e a Microsoft, chegou ao seu fim com sucesso. Nessa prova inaugural, mil tokens (representações digitais) de Letras do Tesouro Nacional (LTN) foram adquiridos pelo consórcio por um montante de R$ 986 mil. Importante ressaltar que essa operação consistiu em uma simulação, não envolvendo recursos reais.
A realização do leilão ocorreu através do Tesouro Nacional, utilizando versões digitais das LTNs. O intercâmbio de ativos ocorreu de maneira instantânea, graças à tecnologia blockchain, que serve como base para a maioria das criptomoedas.
Logo do Tesouro Nacional. (Foto: reprodução/WebCasp)
Informações e planos da Caixa
De acordo com a Caixa, essa operação foi concluída em apenas cinco segundos, estabelecendo um recorde notável e marcando um avanço significativo em relação aos dois dias úteis normalmente necessários para essa modalidade.
Por meio do Drex, a Caixa planeja utilizar moedas tokenizadas para efetuar pagamentos de benefícios sociais e acelerar o processo de financiamento habitacional, que atualmente leva em média 25 dias até o registro em cartório.
A presidente da Caixa, Rita Serrano, enfatizou que a conquista demonstrava o compromisso da instituição em adotar tecnologias inovadoras e impulsionar a eficiência e a inclusão nos serviços financeiros. Ela também mencionou que estavam comprometidos em continuar liderando essa transformação e explorando o potencial do Real Digital para beneficiar o povo brasileiro e a economia como um todo.
Elo e Microsoft
Eduardo Merighi, responsável por Produtos e Tecnologia na Elo, destacou que o teste ilustrava como o Drex poderia aumentar a eficiência nas transações do setor financeiro. Ele afirmou que estavam demonstrando que era possível, por meio da tecnologia, métodos e desejo de inovação, aumentar a eficiência e possibilitar acesso e inclusão a uma ampla gama de serviços financeiros.
Júlio Gomes, vice-presidente de Serviços Financeiros da Microsoft Brasil, enfatizou que a colaboração entre a empresa, a Caixa e a Elo demonstrava que a tecnologia capacitava a inovação no setor financeiro. Ele declarou que o poder computacional da nuvem, combinado com as camadas de segurança nativas de sua solução, eram elementos essenciais para a construção de soluções financeiras robustas, ágeis e seguras.
Foto Destaque: DREX. Reprodução/Brasil 61