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Taxa Selic sofre aumento e chega a 11,75%

O Copom divulgou o aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que chegou a 11,75%, com o intuito de moderar a inflação. Essa é a nona vez que a taxa é elevada.

17 Mar 2022 - 18h30 | Atualizado em 17 Mar 2022 - 18h30
Taxa Selic sofre aumento e chega a 11,75% Lorena Bueri

A divulgação do aumento da taxa Selic foi feita na última quarta-feira, dia 16 de março, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Com o aumento de um ponto percentual, a taxa foi para 11,75%, a intenção do aumento é moderar a inflação que tem se intensificado diante da pressão econômica do aumento do valor dos combustíveis e da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

É a nona vez consecutiva que a taxa básica de juros sofre aumento, chegando ao maior patamar desde 2017. A decisão está conectada as perspectivas do mercada, que inclusive eleva a pressão total promovida pelo Banco Central brasileiro a 9,75 pontos percentuais.

A autoridade monetária salientou que promoverá o mesmo reajuste em sua próxima reunião que está prevista para os dias 3 e 4 de maio, onde a Selic deverá ter mais 1 ponto percentual de ajuste, chegando a 12,75%.


Moedas (Foto: Reprodução/Money Times)


O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliação da extensão e duração dos atuais choques. Caso esses se provem mais persistentes ou maiores que o antecipado, o Comitê estará pronto para ajustar o tamanho do ciclo de aperto monetário”, afirma a instituição.

A inflação no Brasil tem sido influenciada pelo aumento dos preços do petróleo, que foi causado após as sanções adotadas contra a Rússia. Na semana passada a Petrobras divulgou o aumento de 25% nos preços do diesel e de aproximadamente 19% na gasolina. Na primeira semana deste mês o milho chegou a máxima de 9 anos e o trigo alcançou a máxima de 14 anos em Chicago, esses são alguns dos impactos que as commodities estão sofrendo.

O Federal Reserve (Fed) também divulgou na última quarta (16), que terá um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, a primeira vez que esse aumento ocorre desde 2018. “A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços”, sinalizou o Fed.

 

Foto Destaque: Banco Central  do Brasil. Reprodução/Isto é Dinheiro

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