No início do mês de outubro, o mundo foi surpreendido com os ataques do grupo palestino Hamas contra Israel.
Com a guerra, vários israelenses começaram a receber telefonemas do oficial da reserva das Forças de Defesa de Israel, avisando-os que logo seriam chamados a servir. Algumas dessas pessoas que estão sendo convocadas são funcionários ou CEO’s de startups.
A influência da guerra nas startups
Com o grande número de convocação de israelenses para os serviços militares, uma pesquisa realizada por escritórios de startups no país, descobriram que cerca de 15% de seus funcionários foram chamados para servir na guerra. O que para grandes empresas de tecnologia com sede em Israel, mas que conseguiram se expandir para outros lugares como, por exemplo, Nova York e Londres, não gera grandes impactos, para empresas menores isso pode representar o início do fim.
Segundo o CEO da Armis, startup de segurança de internet das coisas avaliada em 3,4 bilhões de dólares, Yevgeny Dibrov, cerca de 15% de seus funcionários em Israel foram chamados para o serviço militar, mas em comparação com a força de trabalho global da empresa, isso representa 3% no número de servidores.
Vale lembrar que não são somente funcionários que são convocados para servir no front da guerra, mas também vários CEO’s e donos de startups, que acabam destinando a outros colegas suas funções enquanto estão fora. Esse é o caso do CTO da Pelles.ai, Ido Glanz, que foi chamado a se apresentar ao serviço militar e na manhã seguinte, se reuniu com outros fundadores da empresa para analisarem juntos, como manteriam a empresa em funcionamento sem o líder técnico.
Funcionários e CEO's de startups são convocados a servirem como militares na guerra (Foto: reprodução/Aris Messinis/Folha de Pernambuco)
Crescimento de empresas israelenses
Atualmente Israel possui mais de 6.000 startups, onde mais de 90 delas são empresas unicórnios, ou seja, empresas que têm valor superior a US$ 1 bilhão. O país é conhecido mundialmente principalmente por criar empresas voltadas à área da saúde, agricultura e cibersegurança.
Segundo o rastreador de dados de startups Crunchbase, neste último trimestre, o financiamento de capital de risco para as empresas em Israel cresceu mais da metade, mais pecrisamente 56%. O aumento significativo, pode ser comparado com o aumento de empresas europeias de apenas 28% para o mesmo período.
Foto destaque: Empresas em Israel também são impactadas com a guerra. Reprodução/Eduardo Terra/Verejo Digital