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Sob pressão da economia fraca, preços dos alimentos tendem a baixar em 2023, diz Rabobank

Os valores das commodities agrícolas estão em média 50% maiores do que antes da pandemia, é o que diz o Rabobank, banco especializado no setor de Agronegócio.

17 Nov 2022 - 19h00 | Atualizado em 17 Nov 2022 - 19h00
Sob pressão da economia fraca, preços dos alimentos tendem a baixar em 2023, diz Rabobank Lorena Bueri

Podem ficar mais baixos no ano que vem os preços das commodities agrícolas, como café, grãos e oleaginosas, à medida que a macroeconomia segue oscilando, mas continuarão historicamente altos, disse o Rabobank em um relatório divulgado nesta quarta-feira (16).

O banco disse que os consumidores estão enfrentando condições macroeconômicas mais desfavoráveis, devido à falta de energia, riscos geopolíticos e escassez constante de outros itens essenciais, como o trigo, um enorme problema que pode afetar de forma direta a segurança alimentar por todo o mundo.

O trigo ainda será muito abalado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia e o banco Rabobank, que é um banco especializado em todo o setor do Agronegócio e Produção de Alimentos, prevê uma carência de 6 milhões de toneladas para o próximo ano, devido às incertezas do clima na União Europeia, Estados Unidos e na Argentina.


Foto: Pão Francês (Reprodução/Hoje em dia)


Outras commodities

As commodities são bens provenientes do setor primário e de baixo valor agregado, ou seja, em estado bruto ou pouco processado, e vendidos em grandes quantidades nos mercados internacionais.

O Rabobank vê em outros setores, a demanda de café subindo abaixo dos níveis normais de 1,5%, mesmo com clima favorável, deixando o mercado com um excedente de 4 milhões de sacas. O açúcar enquanto isso segue com os preços mais baixos por causa majoritária do bom tempo.

Carlos Mera, chefe de pesquisa de mercado de commodities agrícolas do Rabobank disse que: "Os preços agrícolas podem cair (por enquanto) não porque a produção vai melhorar muito, mas porque a demanda pode estar muito mais fraca".

O banco também observou que à medida que ocorrem aumentos nos custos com energia, mão de obra e outros serviços essenciais, os valores das commodities agrícolas também sobem e hoje estão em média 50% mais elevados do que nos tempos antes da pandemia.

 

Foto destaque: Homem avaliando os preços no mercado. Reprodução/Valor Econômico

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