De acordo com um balanço divulgado pela Sea, dona da Shopee, a empresa apresentou uma redução de 45% na perda da entrega de produtos devido a sua operação de comércio eletrônico no primeiro trimestre de 2022.
A empresa, com sede em Singapura, nos três primeiros meses do ano — essa perda operacional foi calculada pelo Ebitda (indicador de resultado operacional, do inglês, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado por entrega, anulando a participação de despesas comuns administrativas.
Em um cenário de alta inflação e juros, a Shopee é uma das empresas que vem ganhando destaque e se expandindo no comércio eletrônico do Brasil, disputando com grandes nomes como Magazine Luiza e Americanas. Contudo, a empresa tem divulgado poucos dados detalhados sobre sua operação no país.
Plataforma da Shopee (Foto: Reprodução/SOPA Getty Images)
No balanço divulgado pela Sea é evidenciado a liderança de downloads e tempo gasto por usuários do aplicativo no setor de comércio eletrônico brasileiro nesse primeiro trimestre, e também o destaque de segundo lugar na média mensal de usuários ativos. Os dados levantados pela data.ai apontam que a Shopee liderou no ranking de usuários ativos mensais no período de março e abril.
De acordo com o relatório da Citi, divulgado na semana passada por analistas do banco, a Shopee teve uma redução de 32% dos downloads no Brasil em abril dentro de uma comparação anual — registrado após quedas nos meses de março e fevereiro.
A Citi aponta que esse recuo nos downloads está presente em todas as empresas monitoradas. Apesar da indústria apontar uma redução no tráfico de consumidores dentro da plataforma da Shopee, em abril, na comparação anual, foi identificado um crescimento de 74%.
A Sea também trabalha com outras organizações, como a SeaMoney e a Garena (produtora de jogos), e apontou que a sua receita total no comércio eletrônico expandiu em 64,4% nesses três primeiros meses — em uma comparação anual.
Foto Destaque: Sede da Shopee em Singapura. Reprodução/ISTOÉ.