Em um contexto de inflação desenfreada e aumento do trabalho remoto, o custo de vida se tornou um elemento crucial para que os habitantes de uma cidade mantenham seu padrão de vida. De acordo com a consultoria Mercer, Hong Kong, Cingapura e Zurique são as três cidades mais caras para se viver, de um total de 227 cidades analisadas.
Vista área de Hong Kong, cidade apontada como a mais cara da lista. (Reprodução/ Istock)
A Suíça continua sendo a líder do ranking, tendo quatro das cinco cidades mais caras da Europa, além de Zurique, que ocupa o terceiro lugar globalmente, seguida por Genebra (em quarto), Basileia (em quinto) e Berna (em sétimo). No ranking, o Brasil conta São Paulo na 152ª colocação, e com o Rio de Janeiro ocupando a 171ª posição.
Yvonne Traber, Gerente Global de Mobilidade da Mercer, afirmou que a competição no mercado global está se intensificando e que a crise do custo de vida está impactando tanto os funcionários quanto as empresas. De acordo com ela, é necessário que as empresas adotem uma postura mais flexível para enfrentar esses desafios.
Entre os países que têm mais representantes na lista, destaca-se Cingapura, um dos principais centros de negócios do mundo, com forte presença de empresas multinacionais nos setores financeiro, logístico, comercial e de transporte, o qual subiu seis posições no ranking. O país se viu obrigado a implementar políticas para mitigar o aumento dos preços imobiliários devido à chegada de expatriados, incluindo uma série de descontos para a população local que deseja adquirir uma casa.
Nassau, localizada nas Bahamas, e Los Angeles, na Califórnia (EUA), também avançaram seis posições, alcançando o décimo e o décimo primeiro lugar, respectivamente. Los Angeles é a segunda cidade mais cara dos Estados Unidos, ficando atrás apenas de Nova York (em sexto lugar), seguida de perto por São Francisco.
No entanto, em termos gerais, as cidades latino-americanas estão avançando no ranking das mais caras: San José (Costa Rica) subiu 76 posições, Cidade do México subiu 70 posições, e Buenos Aires e Montevidéu subiram 69 posições. As cidades que mais perderam posições na lista foram Havana (queda de 83 lugares), Cairo (queda de 63 lugares) e Osaka (queda de 56 lugares). Karachi e Islamabad, ambas no Paquistão, são as últimas colocadas no ranking.
Neste ano, apenas duas em cada dez cidades mais caras para se viver estão localizadas na Ásia, em relação às quatro do ano passado. No entanto, essas duas cidades são as que lideram o ranking: Hong Kong e Cingapura.
Foto de Destaque. Inflação (Reprodução / Istock )