No primeiro semestre do ano o SUS enfrentou problemas financeiros por conta do alto custo das internações em meio a maior crise de saúde do século.
“No primeiro trimestre de 2021, nós registramos o maior custo assistencial da história do sistema. Enquanto o Brasil superava 4 mil mortos por Covid a cada dia, os procedimentos eletivos chegaram a superar o patamar de 2020 e de 2019, ocupando leitos e profissionais de saúde e custos de assistência”, diz Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) que representa 16 grupos de operadoras de planos privados de assistência à saúde, somando 19 empresas dentre 1.048 operadoras juntamente com beneficiários.
No inicio da pandemia houve uma redução na utilização de serviços hospitalares, por conta da diminuição na sinistralidade, porém apartir de Maio os valores voltaram a subir e com isso, as companhias tem notado um aumento considerável de novos usuários ao sistema, dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostram que houve alta de 2,2% no total de beneficiários de planos de saúde no intervalo de 12 meses encerrado em abril, aumentando o número para 48,1 milhões de brasileiros.
Mundo durante a pandemia (Foto: Reprodução/Pexels)
“O maior crescimento ainda é registrado entre os planos coletivos empresariais, aqueles contratados pelas companhias para seus colaboradores, mas também houve avanço entre as demais categorias. Isso mostra dois movimentos. Por um lado, a economia nacional voltou a apresentar novas vagas de trabalho, de outro, o brasileiro tem buscado outras modalidades de contratação para se manter em um plano de saúde”, diz José Cechin, superintendente executivo do IESS.
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A pandemia aos olhos do especialistas, é um motivo para o crescimento de contratações de planos no Brasil, “Se no início da crise sanitária registramos uma queda do número de beneficiários por causa de demissões e perda de poder aquisitivo, abril de 2021 foi o décimo mês consecutivo de crescimento do total de segurados", explica José, “Percebemos também o movimento das companhias do setor em flexibilizar a contratação dos planos para garantir maior acesso aos brasileiros” completa.
“Nossa atitude em relação aos clientes tem sido negociar, flexibilizar as condições para manutenção do contrato e criar soluções para a continuidade do cuidado, assegurando a qualidade dos nossos serviços para influenciar sua retenção, como a ampliação do serviço de telessaúde para todos os clientes em abril de 2020”, confirma Edvaldo Vieira, CEO da Amil, que passou a oferecer planos com preços mais acessíveis assim como outras duas empresas que também adotaram a idéia de planos regionas e com valores 30% mais baixos que os tradicionais , a Sulamérica e o Bradesco Saúde.
Foto destaque: Planos de saúde utilizam ofertas e telessaúde para atrair usuários. (Reprodução/Pexels)