Dados divulgados na terça-feira (3), pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostrou que o setor de plano de saúde e administradoras de benefícios registraram lucro líquido de 5,6 bilhões, que seria equivalente a 3,27% da receita total. Segundo a ANS, este resultado é o melhor desde 2019, tirando 2020 que, em decorrência da pandemia da COVID-19, obteve o melhor número.
Em nota a Agência Nacional de Saúde Suplementar diz: “Isso reforça que estamos em sólido caminho de retomada dos saldos positivos e que é o momento favorável para que as operadoras concentrem seus esforços no aumento da qualidade dos serviços”
Percentual de despesas assistenciais diminui
Receitas e despesas ligadas às operações de assistência de saúde, são fatores correspondentes para o saldo de R$ 2,4 bilhões, resultado do primeiro semestre. Acompanhando os resultados, as operadoras médico-hospitalares de grande porte também tiveram avanço, cerca de R$ 5 bilhões de lucro líquido nos primeiros seis meses de 2024, numero maior em relação ao período homólogo.
Evolução do resultado líquido de todas as operadoras e das administradoras de benefícios no 1º semestre de cada ano, desde 2018. (Foto:Reprodução/Agência Nacional de Saúde Suplementar/gov.com.br)
Houve uma baixa no indicador que explica o desempenho do seguimento: 85,1% das receitas de mensalidades foram utilizadas em despesas assistenciais de abril a junho, este é o menor percentual registrado para o segundo trimestre desde 2018, exceto 2020.
A ANS explica esse recuo: "Tal tendência, que já vem sendo observada desde 2023, decorre de maior crescimento das mensalidades médias em relação à despesa assistencial por beneficiário, o que parece sugerir que o setor passa por um período de reorganização de seus contratos, a fim de recuperar os resultados na operação, em um contexto de aumento de beneficiários e queda dos juros”,
Reajuste de planos de saúde chegaram até 25% em 2023
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) explica nos últimos três anos, o setor registrou um prejuízo acumulado de R$ 20 bilhões, o que torna um desafio financeiro significativo e que as mensalidades de hoje não são suficientes para o pagamento de despesas assistenciais.
Foto destaque: Serviços hospitalares (Reprodução/ Morsa Imagens/Getty Imagens Embed)