O mês de setembro se foi, mas deixou constatado que, viajar de avião ficou mais barato em 2024, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o ticket médio de R$ 666,01 contra os R$ 780,99 do mesmo período em 2023, trouxe a leveza necessária no bolso dos consumidores para saírem país afora alçando novos voos.
A aviação doméstica tem enfrentado desafios diversos na manutenção do setor, como: infraestrutura, regulamentação, custos operacionais, segurança e até mesmo impacto ambiental. Com isso, atrair os consumidores torna-se o grande desafio em um cenário econômico tendencioso, que responde ao mercado global e suas oscilações, na maioria das vezes para cima, refletindo na demanda e oferta.
Causas e efeitos
Uma das principais causas na redução do valor das passagens, está atrelada ao preço do combustível. Vendido a R$ 3,88 o litro, o QAV deu o sinal positivo para o mercado, possibilitando um “pit stop” mais atrativo para as operadoras. A diferença em relação ao ano anterior em seus R$ 4,38, já é o reflexo do decréscimo anual 16,4% previsto para 2024, pós redução pela Petrobrás em 9,1% no preço médio do QAV. Apesar do combustível ser um produto de livre comércio no Brasil, a Petrobrás como principal produtora e fornecedora, tem influência no preço de comercialização.
Abastecimento de aeronave (Foto: reprodução/Freepik/aapsky)
Outra causa que atinge positivamente o serviço está concentrada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2024-2026. As iniciativas implantadas já neste ano fortalecem a redução no valor da passagem aérea. Os programas Asas Para Todos, Aceleração ao Turismo Internacional e o Voa Brasil destinados a estimular a economia e aprimorar os serviços aéreos, também proporcionam benefícios diretos a população.
Reunião do Ministério de Portos e Aeroportos com concessionárias que administram aeroportos no Brasil (Foto: reprodução/Mpor/Eduardo Oliveira)
Queda no preço e alta na expectativa
Ter viagens mais acessíveis é desejo nacional. A unânime expectativa dos passageiros está mais próxima de ser conquistada, o que apresentam os dados da ANAC, referentes a queda do ticket médio registrados no mês de setembro de 2024. Com o percentual de 22%, a região Norte apresentou a maior redução de preço, seguido por Centro-Oeste (18,2%), Sudeste (16,7%), Nordeste (9,4%) e Sul (8,6%).
Os serviços aéreos conectam as pessoas em um país de proporção territorial continental e facilitar o processo é uma urgência antiga. Circunstâncias rotineiras diversas dependem do serviço e vale salientar que a estruturação dos aeroportos para as demandas é extremamente necessária, pois não basta somente melhorar o preço das passagens, comportar a demanda é a questão. Neste caso, o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais, embutido no PAC 2024-2026, abrangendo 100 aeroportos espalhados pelo Brasil, objetiva modernizar e expandir a infraestrutura aeroportuária. “Porque, por meio dos aeroportos, a gente leva desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, oportunidades. É um meio de transporte que faz com que a gente possa escoar a produção, especialmente de produtos de maior valor agregado”, destacou o Secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca em reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no mês de agosto.
Foto destaque: Prédio da Anac (Reprodução/site/CNN Brasil)