Os modelos Gazelle e Samba, da Adidas, estão ganhando espaço e se popularizando ao redor do mundo. Não é raro acompanhar fashionista complementando o look com algum dos modelos.
No Brasil, para adquirir um dos pares é necessário desembolsar, no mínimo, R$ 600 reais. Porém, o que se tem notado é que esses pares podem ajudar a Adidas a dar passos mais largos em direção à rival Nike.
Após a notícia de que houve quedas nas vendas anuais da empresa Nike no final de junho (28), as ações caíram 20% e, consequentemente, aumentaram a preocupação de seus investidores com a possível progressão de a empresa esportiva possa ficar atrás de rivais. Em contrapartida, as ações da Adidas mostraram reações mínimas, indicando confiança dos investidores em potencial.
Nesta terça-feira (09), os papéis da Nike terminaram o dia com queda de 0,81%, cotados a US$ 72,46 em Nova York. No ano, acumulam perda de 32,8%. Os papéis da Adidas terminaram o dia com baixa de 1,17%, a US$ 117,14, mas acumulam ganho de 15,6% em 2024.
Preferências do consumidor
Os dados do Google Trends mostram que as buscas online por “adidas samba” tiveram um aumento significativo em todo mundo nos últimos 12 meses, ultrapassando as pesquisas pela Nike Air Force 1, atingindo um pico em abril.
No entanto, a empresa norte-americana pode ter cartas na manga. No final do mês de junho, a Nike indicou que lançaria novos tênis de até US$ 100 em todo o mundo para retomar as vendas. A Nike também aposta no modelo Nike Cortez para tirar Adidas do caminho. O modelo trará a versão clássica usada por Tom Hanks em branco, vermelho e azul no filme Forrest Gump. O clássico modelo tem objetivo de atrair ícones de moda e aficionados por tênis.
Forrest Gump (Tom Hanks) abrindo uma caixa de tênis Nike Cortez (Foto: Reprodução/Pinterest/@mariaclara101)
Novas marcas na disputa
Marcas emergentes de roupa esportiva como Hoka, Lululemon, New Balance e On Runing vêm ganhando espaço e aumentando sua participação no mercado global. Especialistas declaram que a Nike tem responsabilidade nessa fragmentação, uma vez que a marca decidiu afastar alguns parceiros atacadistas para concentrar as vendas diretas ao consumidor.
Independente da concorrência, estima-se que a marca alemã (adidas) deve alcançar uma margem de lucro em 51,4% no segundo trimestre, conforme os dados da LSEG. Se a empresa alcançar esta marca, terá a maior margem em três anos.
Foto destaque: Modelo Gazelle da marca Adidas (Reprodução/Adidas)