As importadoras de alimentos da China e de países da União Europeia, que são as responsáveis pela importação de produtos agropecuários, poderão sofrer mudanças que irão impactar na exportação de carnes no Brasil. Estas mudanças se referem a limitação do crescimento das importadoras dos respectivos países. A limitação deve ocorrer por conta da alta inflação e riscos geopolíticos presentes no cenário econômico global.
Mas aí você pensa, no que isto influenciará no Brasil? A razão do crescimento das importadoras da China e da União Europeia (por acaso são algumas das principais existentes), poderem ser limitadas acontecerá por causa da inflação e riscos no cenário global e isto poderá afetar o volume ou o preço da exportação de carnes para o Brasil. A demanda da parte das carnes ficará afetada por conta da carne bovina na China, que costuma ser consumida por cidadãos de renda alta e se eles crescerem menos irá prejudicar na exportação.
E na questão dos grãos eles poderão passar a não ser mais tão procurados por países da União Européia. Segundo o site Forbes, o analista da Consultoria Celéres, Enilson Nogueira disse ontem (10) a Reuters que, “A Europa talvez seja a região que mais preocupa em relação à demanda como um todo. Os respingos da guerra na Ucrânia devem gerar mais inflação, limitando a demanda por produtos agrícolas”.
Foto: Demanda de grãos serão afetados pela inflação e cenário global, representado pelas moedas. (Reprodução:Freepik)
Ainda segundo o site, ao mesmo tempo a Céleres avalia que a demanda chinesa para os grãos do Brasil pode estar preservada por conta do controle da peste suína ter elevado a produção de suínos do país e, consequentemente, demandado insumos para ração animal.
Lembrando que a inflação nas atividades econômicas está passando por um período complicado desde alguns anos até o presente, no ano passado foi registrado que ela estava tendo uma desaceleração mais abrangente e do que era esperado. Os fatos que influenciaram neste ocorrido foram, a insistente pandemia do COVID-19, a invasão da Ucrânia pela Rússia, crise do custo de vida e as condições financeiras apertadas da maior parte das regiões. Assim se tinha como previsão que o crescimento mundial diminuísse de 6% para 3,2% no ano passado e que diminua para 2,7% este ano.
Foto destaque: Carnes e grãos oferecidos em uma superfície. Reprodução/Freepik.