Nesta segunda-feira (13), os ministros das Finanças da Zona do Euro recomendaram que a Comissão Europeia comece uma austeridade para a política fiscal, gradualmente eliminando o apoio do governo contra os preços de energia para empresas e famílias.
Alta inflação na UE faz com que ministros apelem por medidas de austeridade fiscal. (Foto: Reprodução/Pexel)
Na semana passada, a Comissão Europeia pediu aos governos da UE que iniciem o cerco à política fiscal, visto que a esperada recessão técnica não aconteceu como planejado. O custo dos empréstimos ainda está em alta, enquanto o Banco Central Europeu se esforça em controlar e reduzir a alta inflação. Em comunicado, os ministros afirmaram que embora exista uma incerteza sob as perspectivas futuras, principalmente em relação a fatores geopolíticos que se relacionam a energia, eles entendem os riscos para um crescimento mais equilibrado do que no passado.
Ao longo dos próximos dois anos, os ministros concordam que políticas fiscais prudentes devem ser implementadas para garantir a sustentabilidade da dívida no médio prazo e aumentar o crescimento potencial de forma sustentável. Além disso, deve-se abordar as transições digitais e verdes, e os objetivos de resiliência por meio de investimentos e reformas.
Os ministros ressaltaram a importância de uma melhor coordenação das atuais políticas de apoio aos altos preços da energia, de forma a não deixar em desvantagem competitiva os países mais pobres, que não são capazes de arcar com os subsídios à energia como os países mais ricos.
A eliminação gradual das medidas de apoio à energia pode contribuir para reduzir os déficits governamentais, desde que não ocorram novos choques de preços. Portanto, essa eliminação gradativa das políticas de suporte à energia pode ser uma medida eficaz para esse fim.
No entanto, a decisão dos ministros de reduzir o apoio à energia enfrenta resistência. A eliminação gradativa das políticas de suporte pode prejudicar as empresas e famílias que já enfrentam instabilidade econômica na atual crise econômica causada pela pandemia.
Foto destaque: Euro. Reprodução/Pexels.