Nesta segunda-feira (13), o Magazine Luiza (MGLU3) irá apresentar seu resultado financeiro, um evento que tem atraído a atenção do mercado. A previsão é de que a empresa registre seu sétimo prejuízo consecutivo, em um cenário de altas taxas de juros.
O BTG Pactual, uma instituição financeira de destaque, aponta que, mesmo com os esforços dos players do mercado, muitos continuarão a operar em uma economia unitária mais fraca do que o esperado. Isso é reflexo de um mercado altamente competitivo e de um mix de produtos majoritariamente composto por eletrônicos e eletrodomésticos.
As tendências do e-commerce
O BTG Pactual também identificou algumas tendências para o e-commerce no Brasil:
- O GMV (Gross Merchandise Volume) deve crescer mais lentamente, devido à menor renda disponível e às restrições de capital.
- Haverá um foco maior na lucratividade, com menos atenção a categorias não lucrativas, especialmente aquelas com menor ticket médio e take rates mais altos, além de uma maior preservação de caixa.
- O mercado pode ter uma maior consolidação entre alguns players, um processo que deve se acelerar devido ao cenário macroeconômico desfavorável.
Magazine Luiz enfrenta mais um mês de prejuízo (Foto: reprodução/Sindilojas BH/Folha de S. Paulo)
Expectativas para o Magazine Luiza
O BTG Pactual prevê que o GMV online do Magazine Luiza no terceiro trimestre cresça 7% a/a, o que implica em um acréscimo de R$ 725 milhões no GMV online. Além disso, a margem Ebitda da empresa deve atingir 5,9%, um aumento de 30bps a/a.
A XP Investimentos e o Itaú BBA têm previsões semelhantes, esperando resultados mistos para o Magazine Luiza, com um desempenho de faturamento mais fraco, mas uma melhora nas margens. Ambas as instituições preveem mais um trimestre de prejuízo para a empresa, com perdas estimadas em R$ 187 milhões e R$ 176 milhões, respectivamente. O consenso do mercado, compilado pela Bloomberg, prevê um prejuízo de R$ 171 milhões.
Foto Destaque: BTG Pactual e outras instituições preveem melhorias no terceiro semestre do ano (Reprodução/Magazien Luiza/Conselho Federal de Administração)