Na última quinta-feira o Itaú Unibanco anunciou ter fechado acordo para aquisição de 51% da corretora Ideal, o valor pago pelo banco será de R$ 650 milhões. A compra dos 49,9% restante só poderá ser efetivada após 5 anos. A corretora foi fundada há quase 3 anos e já recebeu avaliação em R$ 1,3 bilhão. “As corretoras de varejo evoluíram muito nos últimos 7 anos, algo que ficou estagnado no mercado institucional”, afirma Nilson Monteiro, CEO da corretora Ideal.
De acordo com o banco a recente aquisição possibilitará, entre outras condições, oferecer produtos e serviços financeiros no modelo B2B2C, o aprimoramento para compartilhar produtos de investimentos para clientes PF (Pessoa Física) e trará agilidade para a entrada no mercado de intermediários autônomos de investimento.
Com base em informações divulgadas pelo Valor Investe, em junho do ano passado, o Itaú afirmou que ainda no primeiro trimestre de 2022, realizará o compromisso de compra de uma porção adicional na XP. Em 2017 o acordo feito entre as empresas previa a aquisição de uma porção de 12,5%. Atualmente o banco detém 41,05% da XP, uma nova companhia a XPart foi criada e já teve aprovação.
App Itaú. (Foto: Reproduçaõ/Tudo Celular)
A posição do Itaú em apostar em ativos digitais se reforça com a nova aquisição. O CEO do banco, Milton Maluhy, comentou, em uma entrevista a Forbes Brasil em dezembro de 2021, sobre o histórico da digitalização do banco, reforçando que os meios digitais tornaram-se a principal via de distribuição da instituição.
“5,7 milhões de clientes iniciaram relacionamento conosco por esses meios, dos quais 2,2 milhões chegaram pelo iti, nosso banco totalmente digital voltado para um público que busca produtos financeiros de forma gratuita. Hoje, o iti já tem mais de 10 milhões de clientes, dos quais 85% não tinham relacionamento anterior com o Itaú Unibanco. Temos um objetivo desafiador de encerrar 2021 com uma base de 15 milhões de contas no iti”, afirma Maluhy.
Foto destaque: Fachada Itaú. Reprodução/Exame