A catástrofe no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas, colocou o Brasil no centro de uma tragédia humanitária e ambiental, pois, além das dezenas de mortos e desaparecidos, há milhares de pessoas feridas, desabrigadas, em trabalho, sujeitas à ajuda da população, já que perderam tudo aquilo que conheciam como corriqueiro.
Embora ainda seja cedo para mensurar todo o impacto da tragédia na economia do estado, o que se sabe é que a agricultura e a indústria foram fortemente afetadas, considerando as máquinas operacionais, aparelhos e todos os itens necessários para o trabalho que foram perdidos. Além disso, houve também a degradação dos recursos naturais do estado provocada pelas enchentes e chuva persistente.
Impacto econômico
As empresas de diversos segmentos do estado enfrentarão desafios operacionais, como a dificuldade em obter matérias-primas e o custo de logística e de armazenamento, o que implica dificuldades a todo o abastecimento nacional.
Enchentes no Rio Grande do Sul (Fotos: reprodução/Carlos Fabal/GettyImages Embed)
O Rio Grande do Sul também é tido como um estado de grande potência no comércio exterior do país, visto que somente no ano de 2023 ele alcançou o marco de US$ 22,3 bilhões em exportações para países como os Estados Unidos, União Europeia, China, Paraguai, Vietnã, México e Uruguai.
Prejuízos
Já começaram a surgir os primeiros estudos a respeito dos impactos econômicos e financeiros. Além disso, observaram também o que será necessário para reconstruir o estado do Rio Grande do Sul, pois há esperança de restituir os lares de todas as pessoas prejudicadas, mesmo sendo uma tarefa desafiadora. Instituições como Itaú Unibanco e S&P Global, por exemplo, apresentaram as primeiras conclusões sobre os prejuízos da tragédia.
Nos estudos, foram identificados vários prejuízos: o fechamento temporário de alguns setores, afetando o mercado de trabalho e a arrecadação do Estado; impactos no plantio de grãos da safra atual e do próximo ano; risco de perda de aproximadamente 4% da produção nacional de soja; pastagens prejudicadas pelo alagamento, afetando a produção de leite; criadouros de aves e rebanhos dizimados; e o encarecimento do transporte e armazenamento de grãos, ração animal e outros produtos agrícolas durante a reconstrução do estado.
Muito além das perdas e danos materiais, os habitantes do Rio Grande do Sul estão submetidos por um custo emocionável que não se pode calcular e no presente momento é fundamental que as pessoas exerçam o máximo de solidariedade e humanidade possíveis.
Foto Destaque: zona urbana do Rio Grande do Sul completamente alagada (Reprodução/Ramiro Sanchez/GettyImages Embed)