A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou em alta nesta segunda-feira (26). O crescimento se refletiu no Ibovespa, que subiu 0,94%. O movimento foi impulsionado pelo aumento no preço do petróleo, o que também proporcionou destaque para as ações da Petrobras "PETR3" e "PETR4". Elas cresceram 8,96% e 7,26%, respectivamente.
A alta do petróleo se explica pelos conflitos no Oriente Médio, região com os principais países exportadores do recurso no mundo. No último domingo (27), visando frustrar ação do grupo terrorista Hezbollah, houve ação de Israel no Líbano. Esse foi o principal fator para que o petróleo atingisse seu máximo em uma semana.
Preço do combustível
Ainda que o barril do tipo Brent - referência global para o preço do petróleo bruto - tenha aumentado, isso não necessariamente vai chegar ao consumidor no Brasil. É o que aponta Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos (via UOL):
"Mesmo com o preço do petróleo flutuando, a Petrobras evita repassar esse sobe e desce para a bomba. Normalmente, ela espera um pouco para definir os preços. O último reajuste antes desse de julho havia sido, para a gasolina, em outubro de 2023 e para o diesel, em dezembro. Se essa tendência de aumento de preço continuar, pode haver, sim, uma pressão para que a Petrobras repasse preços, sobretudo para a gasolina".
Além disso, de acordo com cálculo feito por Arbetman, existe uma defasagem de 10% no preço da gasolina no Brasil se comparado à média global; o quê não existe no diesel, que segue os preços estabelecidos mundialmente.
Antiga plataforma de Petróleo Brent, no Reino Unido (Foto: reprodução/Unplash/Kevin Harris)
Variação do dólar
O dólar fechou a segunda-feira (26), com alta de 0,23%. Existe uma tendência de queda da moeda desde que aconteça um corte de juros na economia norte-americana. Na última sexta-feira (23), Jerome Powell, líder do banco central dos EUA, deixou a entender que isso aconteceria em setembro. Prontamente houve reflexo no mercado, com queda do dólar na maioria dos países.
Apesar disso, a moeda voltou a subir, inclusive no Brasil. Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, explica que (via UOL) "O que influenciou o câmbio foi o tamanho do diferencial de juros no mundo". Isso se deve, por exemplo, a persistência do Banco Central japonês em manter os juros altos, fazendo com que investidores brasileiros aloquem dinheiro no país asiático.
Foto Destaque: bolsa de valores de São Paulo apresenta alta nesta segunda-feira (26) (Reprodução/Pexels/Pixabay)