O Instituto Brasileiro e Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pode autorizar a exploração de petróleo pela Petrobrás na Margem Equatorial do Brasil. A emissão da licença poderá ocorrer entre março e abril do ano que vem. A Petrobras já havia solicitado anteriormente licença de exploração da região ao Ibama, porém o pedido havia sido negado.
A possibilidade da liberação da licença ocorre em meio a diversas críticas. A possível mudança do posicionamento do órgão se dá diante de rumores acerca de uma transferência de uma base de operação da Petrobras de Belém (PA) para Oiapoque (AP). A Margem Equatorial do Brasil fica localizada entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte.
Crescimento econômico
O impasse acerca da exploração de petróleo na região da Margem Equatorial do Brasil abarca um compilado de situações e interesses políticos, sociais, ambientais e econômicos. O potencial regional de produção energética tem sido um atrativo para que sejam direcionados diversos investimentos empresarias e do governo federal. A exploração petrolífera na região pode multiplicar fontes de receita e ocasionar um grande crescimento econômico.
Impactos ambientais
A margem equatorial fica localizada nas proximidades do Rio Amazonas. De acordo ambientalistas, a exploração de petróleo na localidade pode ocasionar em danos irreversíveis ao meio ambiente. O ecossistema da região foi pouco explorado e estudado, abrigando diversas espécies responsáveis pela manutenção do equilíbrio ambiental global, sendo que, muitas delas, estão ameaçadas de extinção.
A Margem Equatorial fica localizada entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte (Foto: reprodução/Divulgação/Petrobrás)
Solicitação de licença reacende debate
Em 2023, a Petrobrás solicitou a licença ambiental para a exploração de petróleo na região. Contudo, o Ibama negou o pedido alegando a necessidade da realização de estudos acerca dos impactos ambientais da atividade. O posicionamento do órgão gerou um embate com a Petrobrás.
O amplo debate acerca da devastação ambiental e com relação à adoção de políticas econômicas ambientalmente sustentáveis, explicitou as divergências de posicionamentos no governo federal. Contudo, os ânimos devem se acalmar, uma vez que, dentre os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, está sediar a próxima edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025.
Foto destaque: Rio Amazonas (Reprodução:Lucas Ninno/GettyImages Embed)