Nesta semana, iniciam-se as reuniões do Grupo dos 20 (G20), na Índia. Os ministros e os chefes dos bancos centrais dos países que compõem o G20 se encontrarão nos dias 22, 23, 24 e 25 de fevereiro a fim de discutirem os problemas causados por dívidas de países em desenvolvimento devido à pandemia e à guerra na Ucrânia.
Os principais tópicos discutidos serão as situações dos países altamente endividados e a perspectiva para a economia mundial, de acordo com o ministro das Finanças, Christian Lindner. Á Reuters, o ministro afirmou que “a China, em particular, desempenha um papel importante aqui”. A China é um dos principais países credores e vem sendo pressionada a fazer concessões.
Lindner afirmou que os países em desenvolvimento que possuem altas dívidas devem manter o acesso aos mercados financeiros internacionais para que, desse modo, possam continuar importando energia e alimentos diante o cenário atual de pós-pandemia e guerra.
Ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner. (Foto: Reprodução/Andreas Gebert/Forbes)
A Índia, a fim de colaborar com países endividados, elaborou uma proposta pedindo aos credores que reduzam os empréstimos. Também, o país apoia que o Quadro Comum (CF) inclua mais países de renda média. O Quadro Comum (CF) surgiu em 2020 e tem como objetivo ajudar os países pobres a atrasar o pagamento das dívidas.
No entanto, Lindner explica que, antes de expandir para países de renda média, a estrutura deve ser testada primeiro em países mais pobres. “Não podemos dar o terceiro passo sem dar o segundo”, argumenta o ministro. Porém, Lindner acrescentou que vê muito potencial no Quadro Comum (CF) e agora, todas as partes interessadas devem se reunir e discutir em conjunto qual instrumento deve ser escolhido.
O ministro ainda elogiou a união entre as nações ocidentais que apoiam e apoiaram a Ucrânia, tanto em questões financeiras quanto militares. “Essa unidade surpreendeu o Kremlin em particular. E precisamos manter essa clareza”. Além disso, Lindner afirmou que nenhum país pode evitar suas responsabilidades.
Foto Destaque: G20. Reprodução/Agência Brasil