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Justiça do RJ ordena prisão preventiva de ex-CEO da Hurb por furto qualificado

João Ricardo furtou obras de arte em hotel e shopping; Juíza converteu prisão flagrante em preventiva ao entender que houve crime contra a ordem pública

28 Abr 2025 - 22h00 | Atualizado em 28 Abr 2025 - 22h00
Justiça do RJ ordena prisão preventiva de ex-CEO da Hurb por furto qualificado Lorena Bueri

Em audiência de custódia realizada na tarde de domingo (27), a Justiça do Estado do Rio de Janeiro converteu em preventiva a prisão que, antes, tinha a condição de flagrante, do fundador do Hotel Urbano (atual Hurb), João Ricardo Rangel Mendes. A justificativa dada pela juíza Andressa Maria Ramos Raimundo para a conversão foi a necessidade de se garantir a ordem pública e a ordem econômica.

A releitura feita pelo Ministério Público, quanto à descrição do crime em si cometido por João Ricardo, ensejou sua retificação de furto simples para qualificado, o que consequentemente deu robustez à decisão da magistrada de ordenar a prisão preventiva.

O crime

Na última sexta-feira (25), João Ricardo foi flagrado por imagens de câmeras de segurança, enquanto descia pelo elevador com três quadros que havia furtado de um escritório de arquitetura de um shopping na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em seguida, ele carregou os objetos até um táxi que o aguardava no estacionamento do térreo do shopping. João colocou os quadros dentro do veículo e em seguida montou em uma motocicleta.

O dono do escritório e os seguranças do local perceberam a ação, correram até o carro e abordaram o taxista e também João Ricardo, que imediatamente fugiu pilotando a moto, porém sem os quadros.


Reportagem da TV Globo que mostra detalhes da ação criminosa do empresário João Ricardo e o momento de sua prisão (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)


Após fugir do shopping, o empresário foi a um hotel de luxo em frente à praia da Barra da Tijuca. Lá, ele praticou um novo furto de quadros. Embora as câmeras do hotel também tenham registrado o crime, desta vez João Ricardo conseguiu fugir com a obra de arte.

Logo após os crimes, representantes do hotel, do shopping e o taxista chamado por João Ricardo foram registrar queixa na 16ª DP do bairro.

No mesmo dia do crime, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro prendeu em flagrante o empresário dentro de sua casa, que fica em um condomínio residencial de luxo na Barra. Lá, os policiais também apreenderam o quadro furtado no hotel, outras três esculturas de cerâmica e a motocicleta usada para fuga, já que estava sem placa. As obras de arte, avaliadas em cerca de R$ 23 mil, foram devolvidas para os seus respectivos proprietários.


Imagens da prisão do empresário que furtou obras de arte no Rio (Vídeo: reprodução/X/@JovemPanNews)


Como foi a conversão da prisão

A juíza acatou a provocação do MP, de modo que ambos entenderam que o furto praticado encaixava-se no tipo “qualificado”, e não mais no tipo “furto simples”. “A gravidade em concreto do crime é motivo bastante a justificar a decretação da prisão preventiva", avaliou a magistrada.

No dia da ocorrência, a autoridade policial registrou a queixa do crime como furto simples — o que ensejaria pena inferior a quatro anos de prisão.

Já o promotor José Carlos Gouveia Barbosa defendeu a tese de que se tratava de um furto qualificado, uma vez que fora praticado por meio de abuso de confiança. Para esse tipo de delito, de acordo com o Código Penal brasileiro, a pena varia de dois a oito anos de reclusão.

A nova leitura feita pelo promotor sobre o caso foi o motivo apresentado pelo Ministério Público para solicitar a correção da descrição do crime. Desse modo, o tipo de crime mudou de furto simples para crime de furto qualificado. Essa correção da descrição do crime motivou a Justiça a revogar a prisão na condição de “em flagrante” e decretar a prisão preventiva do acusado.

Fundamentação técnica da decisão

A juíza Andressa Maria ressaltou a gravidade da conduta de João Ricardo Rangel Mendes, que invadiu o domicílio das vítimas, e fundamentou a ordem evocando o artigo 5º, XI, da Constituição Federal de 1988. Segundo o dispositivo legal, a casa é “asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.”

A magistrada também destacou que o conceito de casa, de acordo com o Código Penal (art. 150, § 4º, III, do CP), é um compartimento que não está aberto livremente ao público e também é onde as pessoas exercem sua profissão ou alguma atividade.

A juíza concluiu sua fundamentação técnica afirmando a necessidade de se mudar a condição de prisão em flagrante para prisão preventiva com o objetivo de garantir as ordens pública e econômica e o estabelecimento da paz social que, segundo ela, foi violada por meio da conduta do acusado João Ricardo.

Antecedentes criminais do acusado

Outro aspecto que pesou ainda mais contra João Ricardo e influenciou a decisão da juíza é sua folha de antecedentes criminais. O empresário, de 45 anos, já teve passagem na Polícia por crimes contra o patrimônio.

O advogado Jairo de Magalhães Pereira, que faz a defesa do acusado, solicitou a liberdade de seu cliente, sob a alegação de que João Ricardo possui residência fixa e enfrenta problemas de ordem psicológica. No entanto, o pedido foi negado.

A empresa Hurb, fundada por João Ricardo, é uma plataforma digital que comercializa passagens aéreas e hospedagens pela Internet.

Outras atitudes do empresário

Há dois anos, João Ricardo Mendes, hoje preso por furto qualificado, tinha se envolvido em uma situação controversa após divulgação de um vídeo caseiro na Internet. 

Nas imagens, o empresário, que pelo menos até a ocorrência do fato mostrado no vídeo era amigo do famoso surfista campeão de ondas grandes, Scooby, aparece com um lança-chamas em mãos e correndo atrás de Dom, filho do surfista com a atriz Luana Piovanni. 


O então CEO da Hurb, João Ricardo, munido de um lança-chamas, corre atrás de Dom, filho do surfista Scooby com a atriz Luana Piovanni (Vídeo: reprodução/X/@bnews_oficial)


A estranha e arriscada “brincadeira” fez João virar alvo de duras críticas da Luana ao ver seu filho em situação de possível risco de acidente, já que a arma estava lançando fogo de verdade.

Em 2023, João Ricardo esteve envolvido em outra polêmica. Desta vez no âmbito profissional. O empresário expôs e desrespeitou um cliente em um grupo de whatsapp. O caso lhe rendeu críticas nas redes sociais.


Notícia sobre erros de gestão e atitudes antiprofissionais do empresário fundador da Hurb, João Ricardo (Vídeo: reprodução/X/@canalmeio)


Por conta dos problemas de gestão do negócio e a repercussão negativa de suas atitudes, o então CEO da Hurb renunciou o cargo na época. O empresário havia xingado e ameaçado um cliente. Além disso, publicou em seu perfil do Instagram uma conversa que teve com ele; divulgou os dados pessoais do cliente em um grupo de whatsapp e ainda disse frases debochadas.  


Foto Destaque: momento em que os policiais civis prendem o empresário João Ricardo Rangel Mendes em sua própria casa (Reprodução/@o_antagonista/X)

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