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Fim da desigualdade é fundamental para o crescimento do país, segundo pesquisas

89,24% das pessoas negras relatam não se sentirem representadas no setor financeiro. Segundo Luciana Servo, presidente do IPEA, o empoderamento econômico da população negra é uma necessidade

10 Set 2024 - 15h50 | Atualizado em 10 Set 2024 - 15h50
Fim da desigualdade é fundamental para o crescimento do país, segundo pesquisas  Lorena Bueri

Segundo especialistas que participaram do seminário Empoderamento Econômico da População Afrodescendente em Brasília, a desigualdade é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento econômico do país. O evento aconteceu segunda-feira (09) e contou com a presença de ativistas, pesquisadores e economistas renomados.

Empoderamento econômico da população negra

Segundo os participantes do evento, a superação da desigualdade racial no país é fundamental para o crescimento econômico. Segundo o IBGE, 52% da população do país é de pessoas negras, que poderiam representar um aumento em cerca de 30% no PIB do país se tivessem acesso a condições igualitárias.

Segundo Carolina Almeida, assessora internacional da ONG Geledés, é fundamental a criação de políticas internas que favoreçam a geração de renda e o “empreendedorismo sustentável”, que faça a população crescer e não só sobreviver.


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Crescimento econômico (Foto: reprodução/Andresdr/Getty Images Embed)


Luciana Mendes, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) destaca a importância da conscientização da população e de mostrar que a desigualdade não prejudica apenas um grupo, mas sim toda a população. “Se não fizermos efetivo investimento para que essa população se veja como possibilidade de futuro, não vamos gerar o desenvolvimento que a gente precisa. Não vai gerar aumento de produtividade, não vai gerar ganho de produto interno bruto”, comentou Luciana.

O evento foi realizado na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e contou com o apoio da Geledés – Instituto da Mulher Negra, ONU Mulheres, Civil Society 20 (C20), Women 20 (W20), do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Open Society Foundations e Instituto Ibirapitanga, estes dois últimos patrocinaram o evento.

Movimento Black Money

O movimento foi criado nos Estados Unidos no início do século XX por Marcus Garvey, e tem como objetivo incentivar o crescimento financeiro da comunidade negra. O Black Money, incentiva os membros da comunidade negra a investir em seu próprio desenvolvimento, consumindo em comércios e contratando serviços de pessoas da sua própria comunidade por exemplo.

Segundo dados obtidos pela pesquisa “Hábitos e comportamento financeiro da população negra no Brasil”, mais de 50% da população da comunidade negra faz parte da classe média do Brasil, ou seja, possuem poder de compra. Pesquisas como esta mostram como esta população representa grande fatia do mercado e que, portanto, investimento em melhores oportunidades, educação, trabalho e espaço no mercado pode trazer benefícios para toda a população brasileira.

Foto destaque: empoderamento negro (reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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