Sam Bankman-Fried, fundador da corretora de criptomoedas FTX, agora cumpre pena por lavagem de dinheiro e fraude, adaptando-se à vida prisional com uma moeda inusitada: peixes cavalinha. Este ex-CEO, condenado por crimes financeiros, descobriu na cavalinha um meio para adquirir serviços, inclusive um corte de cabelo, dentro das instalações correcionais de Nova York.
Peixes como moeda de troca
Nos presídios dos Estados Unidos, a cavalinha, um peixe de baixo custo encontrado no Atlântico, tornou-se uma "moeda" popular após a proibição dos cigarros em 2004. A estabilidade de seu valor faz com que seja ideal para transações entre os detentos, que não têm acesso à moeda convencional.
Esta tendência, inclusive, é confirmada por Larry Levin, um advogado que, durante sua própria pena, aceitou peixes como pagamento. A Global Source Marketing, fornecedora desse peixe, relatou um aumento significativo na demanda, evidenciando a popularidade desse método de pagamento nas prisões.
Fique por dentro da história do gênio do cripto, Sam Bankman-Fried (Vídeo: reprodução/YouTube/InvestNews BR)
Decisões judiciais e futuro incerto
Bankman-Fried enfrenta uma possível pena de até 110 anos, com a sentença final prevista para março de 2024. Além disso, ele ainda será julgado por acusações de suborno político. Após uma tentativa fracassada de apelação, sua equipe jurídica não conseguiu convencê-lo a ser liberto enquanto recorre do veredito. As ações de Bankman-Fried, incluindo alegações de importunação de testemunhas, foram fatores decisivos para essa negação.
A rejeição do recurso de Bankman-Fried pelo Tribunal de Apelações dos EUA ressalta a gravidade das acusações e a firmeza do sistema judicial. O tribunal considerou pouco persuasivos os argumentos da defesa, mantendo a decisão do Tribunal Distrital. Além disso, a justiça destacou que a importunação de testemunhas não está protegida pela Primeira Emenda.
O valor das reivindicações da FTX subiu para 57% após a condenação de Bankman-Fried. A espera pela sentença final e as contínuas implicações judiciais realçam a complexidade e a seriedade deste caso de fraude financeira e lavagem de dinheiro.
Foto Destaque: Sam Bankman-Fried, fundador da corretora de criptomoedas FTX, sob custódia da justiça. Reprodução/Lam Yik Fei/New York Times