O dólar chegou ao menor valor em dez meses. Na última sexta-feira (14), a moeda estadunidense atingiu uma queda de 0,23%, chegando a R$ 4,91. O principal motivo para a desvalorização da moeda foi a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos. Foram quatro quedas consecutivas esta semana.
Neste ano, o dólar já apresenta uma queda de 6,88%. Só nesta semana, as perdas foram de 2,82%.
Na sexta-feira, o principal motivo da queda foi o recuo de 1% nas vendas do varejo nos EUA. A previsão é que o Federal Reserve tenha que subir a taxa de juros novamente.
A divulgação dos índices de inflação brasileira e americana indicam que a elevação dos juros nestes países tem ajudado a economia deles a se recuperar. O Brasil é beneficiado com isto, porque, em tempos de alta nos juros, a tendência dos investidores é investir em países emergentes. A expectativa para a queda da taxa Selic é também boa, graças aos bons resultados do IPCA.
O presidente do Fed afirmou que os juros americanos vão parar de subir em breve. Segundo Raphael Bostic, a próxima alta deve ser de 0,25, e já será suficiente para a recuperação econômica.
Desvalorização (Reprodução/ Pixabay)
Outro índice preocupante divulgado pelos Estados Unidos foi o aumento de pedidos de auxílio desemprego. A previsão da Reuters era atingir 232 mil, mas atingiu 239 mil. Os números não eram tão ruins desde novembro de 2021.
A perspectiva de recuperação na economia europeia também é boa. Christine Lagarde, porém, afirma que a queda na inflação não será tão rápida.
Apesar de estar abaixo de 5 reais, a previsão de especialistas em câmbio é que a moeda americana fique em um valor em torno de R$ 5,30. Segundo a XP, é impossível o dólar atingir valores abaixo de 4 reais, como estava antes da pandemia.
Foto Destaque: Dólares. Reprodução/ Pixabay