Empresas de cartão analisam a proibição de pagamentos relacionados a maconha

Mastercard e Visa temem se envolver com negócios relacionados à cannabis. A proibição federal também faz os bancos sabotarem os caixas eletrônicos nestas lojas.

04 ago, 2023

Mais de 75% dos estados americanos já liberaram o uso da maconha. Mesmo assim, a lei federal ainda não liberou o uso da erva. Isso abriu precedentes para as principais bandeiras de cartão de crédito, Visa e Mastercard, de proibir o uso de cartões de débito para pagamento de maconha.

A Mastercard anunciou a proibição no último dia 26. Um porta-voz da empresa informou: “De acordo com nossas políticas, instruímos as instituições financeiras que oferecem serviços de pagamento a comerciantes de cannabis e os conectam à Mastercard a encerrar a atividade.”

As empresas que oferecem o produto ficaram preocupadas com a restrição. A partir de agora, a compra de maconha só poderá ser feita com dinheiro.

Outra empresa gostou da ideia 

A Visa já mostrou interesse em bloquear as compras de cannabis através de seus cartões. A reportagem da Bloomberg não conseguiu a confirmação de quando a proibição acontecerá.

Outro problema que os usuários da erva têm enfrentado é a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos dentro das lojas que vendem maconha. Os bancos não tem recarregado esses caixas, o que tem atrapalhado ainda mais os compradores.


Cigarro de maconha. (Foto: Reprodução/Pixabay Dad Grass)


As empresas bancárias têm se preocupado com a lei federal que ainda proíbe a venda de cannabis. Apesar da liberação em 38 dos 50 estados americanos, o temor do envolvimento é grande.

A empresa justifica a preocupação 

“Nossas regras exigem que nossos clientes conduzam atividades legais quando são licenciados para usar nossas marcas. O governo federal considera a venda de cannabis ilegal, então essas compras não são permitidas em nossos sistemas”, disse a Mastercard. O mercado teme a queda nas vendas, devido à dificuldade de pagamento que os clientes enfrentam.

A alternativa seria o pagamento através de código PIN. O serviço, no entanto, ainda não é amplo; tanto as lojas quanto o público precisam se adaptar.

Foto destaque: Maquininha de cartão. Reprodução/Pixabay Pabitra Kaity

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