Os Jogos Olímpicos Paris 2024, que é um evento que conta com os melhores esportistas de inúmeras modalidades, vindo de diversos países do mundo, passou a ter uma disputa no ramo da tecnologia para calçados esportivos utilizados pelos atletas. Em 2017, a Nike deu um novo rumo ao mercado, realizando o lançamento do primeiro tênis de corrida comercial que contém uma placa de fibra de carbono na entressola. Sendo assim outras marcas entraram no páreo para estimular velocistas de longa distância a bater seus recordes.
O Nike Vaporfly foi lançado em 2017 e antes de seu lançamento, somente dezenove mulheres conseguiram completar uma maratona abaixo do de 2h20. A partir de 2023, vinte e seis mulheres atingiram o tempo abaixo desta marca alcançada anteriormente. Por esta razão, as outras empresas produtoras de calçados esportivos foram em busca de se emparelhar seus tênis perante o novo modelo lançado pela Nike; enquanto isso corredores comuns tentavam se assemelhar com os recordistas mundiais designando investimento em calçados futuristas.
Resultados de novas tecnologias começam a aparecer
Em 2023, novos recordes na maratona feminina e masculina surgiram em virtude das inovações tecnológicas das empresas de calçados em seus novos tênis. O atleta queniano, Kelvin Kiptum ganhou a Maratona de Chicago em outubro de 2023, atingindo a marca de 2 horas e 35 segundos; superando o recorde anterior que era de 2 horas e 1 minuto e pertencia ao seu conterrâneo Eliud Kipchoge.
Kelvin utilizava Nike Alphafly 3. Em 11 de fevereiro de 2024, Kelvim Kiptum faleceu vítima de acidente de trânsito, porém o recorde ainda pertence à ele. Anteriormente, Eliud Kipchoge também obteve um resultado formidável ao vencer a Maratona de Berlim em 2018, reduzindo em 1 minuto e 22 segundos. Nenhum atleta tinha conseguido diminuir mais de vinte nove segundos de um recorde mundial nos últimos 15 anos em apenas uma corrida. Naquela ocasião, o calçado utilizado pelo atleta queniano foi o primeiro super tênis a ser lançado e é chamado de Zoom Vaporfly 4%.
Kelvim Kiptum na Maratona Chicago 2023 e Eliud Kipchoge na Marotona Berlim 2018 (Foto: reprodução/Michael Reaves/Anadolu/Tobias Schwarz/Getty Images Embed)
Outras empresas também estão no mercado de supertênis
Após a Nike, lançar seus supertênis com grande desempenho, a Adidas também seguiu a mesma linha, lançando o Pro Evos que custando US$500 dólares , cerca de R$4000 reais. O super tênis da Adidas tem um preço elevado por ser produzido manualmente. A razão disso acontecer é por conta da precisão necessárias muito específica, como hastes de carbono que se assemelham aos ossos do pé.
O Pro Evos foi projetado para ser utilizado para ser usado apenas em uma maratona, mas a Adidas diz que ele não se torna inutilizado após a corrida, porém, um atleta de alto desempenho pode ter algum impacto por conta da degradação do tênis. Isso acontece devido à precisão necessária para montar componentes muito específicos, como hastes de fibra de carbono que imitam a estrutura dos ossos do pé. Outras empresas como Saucony, On, Asics, New Balance e Puma também já realizaram modelos para competição que fazem uso de fibra de carbono, além de ter o recurso que conta com amortecimento de espuma fazendo um efeito mola.
Foto destaque: Eliud Kipchoge com um tênis Nike (Reprodução/Nike)