Nesta semana, foi divulgado pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) os dados com relação ao auxílio-desemprego no último mês. Os números mostram que houve uma queda inesperada quanto aos novos pedidos de auxílio-desemprego, sugerindo que as taxas de empregabilidade aumentaram no último mês. Os especialistas da Reuters avaliaram que seriam feitos cerca de 215 mil pedidos para receber o auxílio, entretanto o número não ultrapassou 210 mil, de acordo com o Ministério do Trabalho americano.
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em entrevista que avalia positivamente a situação atual, já que não há “rachaduras” no mercado de trabalho que se encontra em “boa forma” e complementando que “os desequilíbrios extremos que vimos no início da recuperação da pandemia foram, em sua maioria, resolvidos”.
Mesmo que a onda de demissões entre novembro de 2023 e janeiro de 2024 tenha ocorrido, afetando principalmente as empresas de tecnologia, o mercado de trabalho agora está resiliente, permitindo que as taxas de juros, elevadas à 5,25% e 5,50 em julho de 2023 para corrigir a inflação, se mantenham para evitar a volta das desregulagens na economia, embora haja a previsão de que tais taxas venham a cair até o final do ano.
Fila de pessoas procurando emprego (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
Inflação e as taxa de juros
A inflação é uma preocupação para a economia americana desde 2020 por conta da pandemia, sendo esses primeiros meses de 2024 um respiro para a economia americana por voltar a ter números representantes de uma economia cada vez mais saudável.
Dentre eles está a análise dos últimos 12 meses até fevereiro com relação a flutuação dos preços de importados durante este período: os preços caíram 0,8% após a queda de 1,3% em janeiro, enquanto o preço de todos os importados, excluindo combustível e alimentos, caíram cerca de 0,7%; o preço dos combustíveis, por sua vez, subiram 1,8% em fevereiro, enquanto o preço dos alimentos aumentou 1,1%. Tais números demonstram como o custo de vida médio nos EUA baixou em relação ao mesmo período no ano passado.
O FED e o mercado financeiro
Uma das atitudes do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) para controlar a inflação crescente no país foi o aumento da taxa de juros para a faixa de 5,25% e 5,5%. Entretanto, isso afeta diretamente o custo de empréstimos, gerando uma pressão dos mercados financeiros para que o FED abaixe as taxas de juros, porém, com a economia americana melhorando nos últimos meses e pelo que foi dito em sua última reunião, a visão da instituição é que este é um momento de “cautela”, já que mexer nas taxas de juros agora pode atrapalhar todo o processo de recuperação da economia, principalmente em ano de eleição.
Foto destaque: sinal dizendo "contratando agora" nos EUA (reprodução/Ernie Journeys/Unsplash)