Na última quinta-feira (31), o governo americano noticiou a possibilidade, inédita, de liberar parte de sua reserva de petróleo em estoque. Está é uma reserva estratégica do EUA, e foi cogitada em virtude dos últimos acontecimentos envolvendo a Rússia, uma das maiores produtoras de petróleo. Por outro lado, o cartel responsável pelo preço da commodity, Opep+, optou por não alterar o tratado firmado em relação a produção para o próximo mês. Para o Brent, índice que monitora a cotação da commodity e aponta para, além da origem, em qual mercado é negociado, seus contratos tiveram queda de 4,35%, chegando a US$ 108,50 / barril e, terminam na próxima quinta-feira.
Bandeira da Opep+ (Foto: Reprodução/BrasilEscola)
Por volta das 11h54 (horário de Brasília), da mesma quinta-feira passada, a commodity americana, considerada mais pesada e de nome WTI (West Texas Intermediate), com previsão de distribuição para o mês de maio, obteve uma queda considerável de, aproximadamente, US$ 4,00, indo para US$ 103,70 / barril. Segundo fontes americanas, se houver esta distribuição de parte da reserva estratégica do petróleo WTI, tal liberação seria na casa dos 180 milhões de tonéis com capacidade para atender ao equivalente a dois dias de procura global. Entretanto, só chegaria aos destinatários, do mercado petrolífero, após alguns meses.
Para a experiente Susannah Streeter, analista e especialista em investimentos e mercado, “Uma liberação gradual de 1 milhão de barris de petróleo está prevista para os próximos seis meses, um sinal de que não se espera uma solução rápida para a crise na Ucrânia, que reduziu o fornecimento de petróleo”. Já a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que é composta por 23 dos grandes fabricantes de petróleo, incluindo a Rússia, decidiu por manter o contrato já estabelecido e a meta de geração para o próximo mês que se ultrapassa 400 mil barris/bpd. Este cartel é conhecido por controlar a produção do petróleo, a nível global, e determinar seu preço.
(Foto destaque: Imagem da refinaria americana de petróleo em produção. Reprodução/OGlobo)