Taxa de básica de juros da economia brasileira, a Selic foi mantida em 10.50%. A medida foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) nesta quarta-feira (19). Todos os integrantes votaram a favor da manutenção, que já era esperada pelo mercado financeiro. Essa é a primeira vez desde junho de 2023 que a taxa não sofreu queda. Neste período, o valor passou de 13.75% para os 10.50% atuais.
Cenário econômico
Também em meio a alta do dólar, a opção pela estabilidade da Selic se justifica pelo controle da inflação. Em comunicado oficial do Banco Central, a previsão de inflação em 2024 é de 4%.
"Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 10,50% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.", divulgou o BC em seu site.
Em janeiro de 2021, a taxa básica de juros era de 2%. Chegou a 13.75% em agosto de 2022. Durante o período, o Copom aumentou a Selic consecutivamente em 12 oportunidades.
Cenário econômico brasileiro enfrenta problemas frente alta do dólar (Foto: reprodução/Alexander Grey/Unplash)
Dólar apresenta variação
A moeda norte-americana chegou a cair em quase 1% no início desta manhã (20), em abertura da sessão comercial. Porém, já no início desta tarde o valor registrado é de 5.44 em frente ao real, revertendo o princípio de queda. O aumento ocorreu durante entrevista do presidente Lula a uma rádio do Ceará, na qual o mesmo lamentou a decisão do Copom ontem.
Foto Destaque: Banco Central interrompe na taxa de juros básica da economia brasileira (reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)