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Carrefour tenta boicotar carne brasileira e recua após polêmica com a França

Uma grande crise foi gerada entre o setor agropecuário brasileiro, o grupo de varejo francês e parte do acordo entre União Europeia e Mercosul feito ainda este ano

26 Nov 2024 - 13h11 | Atualizado em 26 Nov 2024 - 13h11
Carrefour tenta boicotar carne brasileira e recua após polêmica com a França  Lorena Bueri

O grupo francês de varejo Carrefour decidiu anunciar que não iria vender carnes produzidas no Mercosul, provocando uma enorme crise no setor agropecuário brasileiro que imediatamente reagiu com um boicote nas redes brasileiras da marca nesta terça-feira dia 26/11, o que fez a embaixada Francesa em Brasília emitir um comunicado que o CEO do grupo varejista francês iria pedir desculpas públicas. 

Um pedido de desculpas

A embaixada francesa em Brasília anunciou ao Brasil que uma carta já está pronta e deve ser anunciada a qualquer momento, e que os termos dessa carta foram negociados com o governo brasileiro.  

Em outra semana, o CEO do grupo francês, Alexandre Bompard, declarou que a marca não iria mais vender carnes brasileiras e nem do Mercosul na França, alegando que as carnes não atendem as exigências e normas sanitárias do bloco europeu.   

A reação do governo

As declarações do presidente do grupo caíram de maneira negativa, fazendo com que frigoríficos brasileiros se recusassem a abastecer a linha de varejo em território nacional. Assim, a associação de produtos de carne declarou que se a carne brasileira não serve para a França, não poderia atender a empresa francesa em nenhum mercado. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que as críticas à carne brasileira feitas pelo presidente da marca francesa eram inaceitáveis, uma barreira protecionista e não de cunho sanitário. 


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Lula recebendo a presidente da comissão europeia, Ursula von der Leyen (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina)


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez duras críticas ao posicionamento da empresa francesa durante sua participação em um evento da Confederação Nacional do Comércio ontem na última segunda, dia 25/11. Lira enfatizou a seguinte declaração: "Nos incomoda muito o protecionismo europeu, principalmente o da França com o Brasil". O presidente da Câmara prometeu uma resposta imediata por parte do congresso para contribuir com a reciprocidade econômica. Lira continuou tecendo críticas, finalizando sua declaração com "Não é possível que o CEO de um grupo importante como o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não contratar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul"

Segundo especialistas em análise política, o argumento usado pelo presidente do grupo varejista é apenas cortina de fumaça para o protecionismo, como descreve a coluna de William Waack na CNN Brasil.   

O número de carnes vendidas do Brasil para a França ainda é pequeno, porém é um gesto político para os produtores locais ficarem bem com o governo francês antes dos acordos com o Mercosul crescerem. O Brasil é uma ameaça por ser uma potência na produção de alimentos. Para agravar a situação, a eleição de Trump pode tornar a competitividade de alimentos mais difícil. 

Foto destaque: frigorífico de carne (Reprodução/Grupo Bandeirantes e UOL/José Fernando Ogura/AEN)

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