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Campos Neto declara que o ritmo de cortes na Selic poderá diminuir

Conforme previsto inicialmente pelo mercado, a expectativa é de um corte de apenas 0,25% da Selic, que hoje está a 10,75% ao ano

21 Abr 2024 - 09h05 | Atualizado em 21 Abr 2024 - 09h05
Campos Neto declara que o ritmo de cortes na Selic poderá diminuir Lorena Bueri

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, deixou claro que o ritmo de cortes da Selic (taxa básica de juros da economia) poderá ser reduzido nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), devido à incerteza dos indicadores econômicos e a influência da alta de juros dos Estados Unidos. A redução do ritmo de cortes já vale para a próxima reunião do órgão que está prevista para oito de maio.

Campos Neto disse que sua declaração não se trata de uma orientação e sim uma transparência de como o órgão observa a evolução do cenário econômico para trabalhar com decisões de política monetária nos próximos meses. A previsão de corte da Selic em apenas 0,25%, foi repetida por ele. Atualmente a taxa está a 10,75% ao ano.


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Campos Neto durante uma coletiva de imprensa em Brasília (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina/Bloomberg)


Durante um evento organizado pelo Bank of America (BofA), Campos Neto ressaltou que a medida de redução de ritmo de cortes está atrelada ao comportamento do cenário econômico: "podemos ter uma redução da incerteza, e assim seguir no caminho normal. Podemos ter um cenário no qual a incerteza permanece elevada, e aí poderemos falar em reduzir o ritmo", disse o presidente.

A influência do dólar no ajuste da Selic

A alta do dólar é um fator que atinge diretamente a inflação, pois uma parcela da economia ainda responde a essas alterações da moeda. As commodities agrícolas e parte da indústria, principalmente a de alta tecnologia, são exemplos de setores que respondem diretamente a alta da moeda.

Em um curto período, o dólar saiu de R$ 5,10 para cerca de R$ 5,25, essa alteração repercutiu uma perspectiva de juros maiores nos Estados Unidos e uma redução de credibilidade do ajuste fiscal no Brasil. Todos esses riscos são analisados pelo Banco Central antes de calcular a taxa básica de juros da economia e se é possível ou não realizar cortes para a sua redução.


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Campos Neto em discurso no Congresso Nacional (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Andressa Anholete/Bloomberg)


A desaceleração dos cortes poderá ser maior

Campos Neto afirmou ainda que poderá haver um cenário em que as incertezas podem afetar as variáveis analisadas, de forma significativa. Com isso a desaceleração dos cortes poderá ser mais rígida do que a proposta inicialmente. Apesar do último levantamento sobre a inflação do país ter apresentado dados positivos, ele destaca que as decisões de redução da taxa não são tomadas com base em apenas uma variável.  

O presidente do Banco Central destacou ainda que se o Brasil perder a “âncora fiscal”, o trabalho do Copom vai ficar mais difícil no que tange a meta fiscal estabelecida previamente: “se a conjuntura azedar e for preciso parar de reduzir os juros, assim será feito”, disse Campos Neto.

Foto destaque: presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (reprodução/Inteligência Financeira/ Raphael Ribeiro/BCB)

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