Na última terça-feira (19), o CEO da Airbus, Guillaume Faury, comentou sobre os problemas enfrentados pela a maior concorrente de sua empresa, a Boeing, afirmando que esses problemas são prejudiciais para o setor como um todo, não se limitando apenas para a concorrente. A Boeing tem enfrentado problemas técnicos relacionados à produção de seus aviões, principalmente com a segurança. A empresa tem sido alvo de críticas e desconfiança desde janeiro, quando um plug de porta se soltou em um dos seus jatos 737 MAX 9 durante um voo da Alaska Airlines. Além desse incidente, a Boeing emitiu um comunicado alertando todas as empresas que utilizam o modelo 787 Dreamliners que verificassem os interruptores da cabine de comando, após uma aeronave da Latam Airlines fazer um mergulho repentino no ar, deixando cerca de 50 feridos.
O CEO da Airbus, Guillaume Faury (Foto: reprodução/Ludovic Marin/Reuters)
O pronunciamento de Guillaume Faury
Em uma conferência que ocorreu nesta semana na cidade de Berlim, a “Europe 2024”, o presidente-executivo da Airbus foi perguntado sobre os eventos ocorridos com a Boeing, cuja resposta segue na íntegra: “Não estou satisfeito com os problemas de meu concorrente. Eles não são bons para o setor como um todo. Estamos em um setor em que a qualidade e a segurança são prioridade máxima”. Além de Guillaume, o Ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, também afirmou que esse é um momento delicado para a Boeing e que “prefere” a situação da Airbus em detrimento de sua concorrente.
O impacto no setor e a Embraer
Na semana passada, devido aos acontecimentos com a Boeing, o banco Morgan Stanley divulgou um relatório no qual avalia a Embraer como o “top pick” para o setor das aeronaves, principalmente em um momento em que “a demanda por aeronaves excede a oferta”. Ainda em relação ao relatório, há também a afirmação sobre o prestígio da empresa e seu amplo portfólio com produtos diversos para as mais variadas necessidades, deixando a empresa em uma boa posição no mercado a partir dos problemas com as outras duas companhias especializadas no setor, possivelmente quebrando seu duopólio.
Foto destaque: Aeronave VIP modelo A330 da Airbus (Reprodução/Mulag/Wikipedia)