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Banco Central mantém preocupação com inflação e risco fiscal

Ata do COPOM destaca ambiente inflacionário preocupante e desafiador, presume alta de juros até meados de 2024 mantendo a Selic estabilizada e expõe a desaceleração do crescimento global.

03 Nov 2022 - 13h00 | Atualizado em 03 Nov 2022 - 13h00
Banco Central mantém preocupação com inflação e risco fiscal Lorena Bueri

Divulgada nesta terça (01), Ata do COPOM (Comitê de Política Monetária) inicia supondo uma moderação nas pressões inflacionárias globais, em contraponto, cita “o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em algumas economias, aliado a uma inflação corrente elevada e com alto grau de difusão, sugere que pressões inflacionárias no setor de serviços podem demorar a se dissipar.”


Sede do Banco Central. (Foto: Reprodução/UOL)


O documento indica “o processo de normalização da política monetária nos países avançados prossegue na direção de taxas restritivas de forma sincronizada entre países, apertando as condições financeiras, impactando as expectativas de crescimento econômico e elevando o risco de movimentos abruptos de reprecificação nos mercados.” Ou seja, mudanças bruscas ainda que em países mais desenvolvidos, pode inflar ainda mais as taxas e aumentar a restrição financeira, além de gerar um impacto negativo no crescimento da economia.

Na parte B da ata, o Comitê descreve “um impacto nos dados recentes referentes tanto à composição das concessões de crédito para as famílias quanto ao aumento moderado da inadimplência, em parte associados a uma dinâmica na renda real disponível que sugere retração”, vendo que há maior quantidade de compras, porém, menor pagamento do que se deve.

A taxa de Juros foi mantida no terceiro e quarto tópico do texto, o BC optou por manter a Selic em 13,75% a.a., como opção para conter a taxa inflacionária, ainda consciente de que “essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários”, mas reforça que “é necessário manter a vigilância, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.”

Em meio à tantas incertezas, polarização e mudança na cadeira do presidente, a tenção internacional em meio à guerra, e ainda, a recessão após a COVID-19,  a contenção da taxa de juros visa conter o aumento de preços e elevação da inflação.

 

Foto Destaque: Taxa Inflacionária preocupa Banco Central (Reproducao/Pixabay)

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