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Astronômicos R$ 2,4 bilhões por temporada movem série da Amazon

A série "Os Anéis do Poder", inspirada na trama de Tolkien "O Senhor dos Anéis", trouxe um novo padrão de investimentos para a cinematografia

04 Dez 2024 - 11h43 | Atualizado em 04 Dez 2024 - 11h43
Astronômicos R$ 2,4 bilhões por temporada movem série da Amazon Lorena Bueri

O advento das plataformas de streaming fez a indústria do entretenimento passar por diversas modificações ao longo dos últimos anos, principalmente durante a pandemia de Covid-19, impulsionando ainda mais a popularidade das plataformas com o lockdown. A busca por alta qualidade e conteúdo exclusivo traduz os altos investimentos que atualmente movem o universo das produções como nunca visto antes. Neste cenário, no mínimo muito curioso, "Os Anéis do Poder", a série multimilionária de Jeff Bezos, ao alavancar o desejo de arrebatar uma multidão de espectadores, trouxe à tona a injeção de não-fictícios R$ 2,4 bilhões por temporada, nomeando a produção como a série de TV mais cara do mundo.

Essa iniciativa reverbera significativamente a batalha cinematográfica nesta disputa dos gigantes players do mercado por conseguir criar produções "pilares" — termo usado no meio cinematográfico para produções que geram lucro suficiente para cobrir as que não trazem o retorno financeiro esperado.


Jeff Bezos promovendo sua série de altíssimo investimento (Foto:reprodução/instagram/@jeffbezos)

Jeff Bezos promovendo sua série de altíssimo investimento (Foto: reprodução/Instagram/@jeffbezos)


O start

A HBO, por exemplo, "quando tudo ainda era mato" no streaming, produziu a aclamada série "Game of Thrones" em 2011, deixando executivos de outras plataformas salivando com o sucesso. A Netflix, que de boba não tem nada, sacou um trunfo da manga e produziu "House of Cards", saboreando também uma fatia do bolo do lucro com sua produção. Levando a Amazon em 2017, a pagar US$ 250 milhões (R$ 1,7 bilhão) pelos direitos televisivos de "O Senhor dos Anéis", obra do autor britânico J.R.R. Tolkien, à época sob detenção da Saul Zaentz Company, adquirida em 2022 pelo grupo sueco Embracer Group. Criada para competir com "Game of Thrones", a série "Os Anéis do Poder" se destacou por sua magnífica produção e proporção de investimentos. 


Galadriel em cena de

Galadriel em cena de "Os Anéis do Poder" (Foto: reprodução/Amazon)


Temporadas

Estreando na segunda metade de 2022, a série, filmada na Nova Zelândia, trouxe em sua primeira temporada a extravagância dos efeitos especiais, o que demandou uma parcela considerável do orçamento, com seus suaves R$ 845 milhões. Normalmente a Amazon não informa sobre valores das produções, mas, por ter filmado em solo neozelandês, o governo do país, que promove incentivos fiscais, reteve 20% do valor gasto pela produtora responsável pelo trabalho por lá. implicando a estimativa de custos devido aos demonstrativos financeiros da GSR Productions, uma subsidiária da Reunion Pacific Entertainment, a empresa canadense que produziu a série, trazendo à tona um montante de R$ 2,34 bilhões nesta temporada.

A segunda temporada, produzida no Reino Unido, que também promove incentivos fiscais para produções filmadas no país, com previsão de reembolso de até 25,5% dos custos, confirmou o astronômico valor da megaprodução, desta vez, sob os cuidados da GSR UK Productions e o aporte de R$ 2,7 bilhões. Porém, ainda que as cifras pareçam exorbitantes, tudo correu no curso natural do projeto conforme orçamento previsto, refletindo na média por temporada de R$ 2,4 bilhões.


Galadriel e Theo em cena do episódio 7, O Olho (Foto:reprodução/Amazon/About/divulgação)

Galadriel e Theo em cena do episódio 7 (Foto: reprodução/Amazon)


Feedback

Apesar dos altos valores da superprodução e dos bons índices de empregabilidade em toda a cadeia produtiva, o feedback da audiência e críticas envolvendo a dinâmica da trama que precede a saga de Tolkien, demonstram a instabilidade e incerteza de um mercado muito mais exigente do que se possa aparentar. “Considerando os custos exorbitantes de Os Anéis de Poder, a audiência moderada e a contínua dificuldade da Amazon em criar conexões eficazes entre o Prime Video e as compras, é improvável que a empresa esteja obtendo um retorno significativo sobre o investimento na série”, afirma Tom Harrington, da consultoria de mídia Enders Analysis. A intenção primária da plataforma, segundo Tom, é a comercialização de assinaturas, sendo a manutenção do conteúdo próprio um atrativo para os consumidores do streaming, que ao chegarem na Prime Video, encontram um leque de possibilidades, agregando retorno financeiro a plataforma derivado de produtos de terceiros.

A transformação é inegável pós viabilidade financeira para megaproduções cinematográficas na era do streaming a partir de "Os Anéis do Poder". E, nada como um dia após o outro nos corredores, sets de filmagens, salas de roteiro e produção, escritórios dos grandes players, departamentos e profissionais envolvidos nesta cadeia produtiva, pois diante dos fatos, a audiência impactou positivamente muito menos do que o barulho promovido pela série da Amazon e seu alcance no universo da cinematografia. 

Foto destaque: divulgação da primeira temporada de "Os Anéis do Poder" (Reprodução/Amazon)

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