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Argentinos adotam as criptomoedas para fugir da inflação

Problemas econômicos no país levam os argentinos a comprarem e armazenarem o Tether, criptomoeda de baixa volatilidade, como medida de segurança contra a inflação

10 Jul 2024 - 14h34 | Atualizado em 10 Jul 2024 - 14h34
Argentinos adotam as criptomoedas para fugir da inflação Lorena Bueri

Levantamentos recentes apontam um grande crescimento no número de usuários das criptomoedas na Argentina, que se tornou um dos países que mais utilizam a tecnologia no ocidente. A mudança provavelmente foi motivada pela desvalorização da sua moeda local.

Argentinos e as criptomoedas

A principal moeda virtual adotada pelos argentinos foi a Tether, moeda de baixa volatilidade que pode ser usada para trocar por outras moedas ou para comprar produtos. O uso da criptomoeda representa uma forma eficiente dos argentinos contornarem, pelo menos um pouco, a inflação que seu país vem sofrendo nos últimos tempos, além de ser uma forma mais segura de se armazenar dinheiro.

Com o aumento significativo no número de usuários argentinos, passou a ser comum propagandas e mídias pelo país divulgando criptomoedas e onde comprá-las. O principal público alvo dessas propagandas são os jovens, imigrantes e trabalhadores autônomos, perfis que detém a maior fatia do mercado.

Pesquisas recentes apontam que as transações em criptomoedas no país já chegam perto do número de transações tradicionais. Por conta disso, neste mesmo ano, o governo abriu o Registro de Provedores de Serviços de Ativos Virtuais, como uma forma de regularizar as criptomoedas e as empresas fornecedoras, e diminuindo os riscos para a população e para o próprio país.

Inclusive o próprio governo da Argentina vem adotando o Bitcoin em alguns tipos de transações.


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Criptomoedas ( Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images Embed)


Causas para o crescente uso das criptomoedas

O país vem enfrentando problemas internos há muitos anos, acumulando mais de 200% de inflação na sua moeda, o peso argentino. Além disso, o país enfrentou dificuldades com uma das suas maiores fontes de renda, o agronegócio, que foi extremamente prejudicado por severas secas, tornando sua recuperação econômica ainda mais lenta.

Diante de tal situação, os argentinos procuraram construir reservas em outras moedas para usar em casos de emergência ou para contornar a inflação. Porém o dólar, moeda mais convencional, encontra dificuldades para se estabelecer entre a população, que encontrou refúgio nas criptomoedas.

A tecnologia oferece inúmeros benefícios, principalmente segurança por não possuir dinheiro físico, não ter restrições de compras e oferecer uma alternativa para trabalhadores autônomos e estrangeiros, que encontram dificuldades de ter acesso ao dólar e fazer transações com ele.

É esperado que nos próximos meses o número de argentinos que adotam as criptomoedas aumente ainda mais, pressionando as empresas, tanto locais quanto estrangeiras, a se regularizarem.

Foto destaque: peso argentino, moeda da argentina (Reprodução/Marcia Almeida/Valor)


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