O Magazine Luiza manterá ao longo de 2022 o conjunto de controle de despesas e foco em ganho de sinergias de ativos comprados nos últimos anos para defender margens, como fez no primeiro trimestre, e fazer frente a um cenário de inflação e juros mais altos, disse um executivo.
“Precisávamos reposicionar nossas margens operacionais, então reduzimos subsídios e custos fixos, ajustamos a taxa cobrada dos vendedores no marketplace, reduzimos prazos e repassamos custos mais altos” afirma o diretor financeiro, Roberto Rodrigues
Com o crescimento das lojas online as lojas físicas tiveram uma grande queda fazendo com que a empresa tivesse maiores despesas financeiras e um prejuízo de em média R$ 99 milhões no primeiro trimestre do ano.
Mesmo que suas vendas tenham sido maiores do que um ano atrás totalizando 14,1 bilhões de reais seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, de 434 milhões de reais, evoluiu apenas 1,7% e a margem encolheu de 5,2% para 5%.
Segundo Rodrigues, as medidas tomadas pelo Magazine Luiza, incluindo a redução do saldo de estoques em mais de 1 bilhão de reais, ganharam força em março.
O movimento mostra como dois anos de grandes vendas durante a pandemia, estão refletindo em empresas de varejo fortemente baseadas em tecnologia que agora estão tendo que ajustar seus planos para lidar com um cenário de inflação e juros altos no país.
A empresa aumentou o número de lojas fisicas e teve um grande crescimento nas vendas em abril com o fim da exigência do uso de máscaras de proteção.
Loja física Magazine Luiza. (Divulgação/GZH)
A expectativa de vendas para a segunda metade do ano estão grandes por conta de fatores que podem contrubuir para esse crescimento, como a Copa do mundo que irá aumentar a venda de eletrônicos e também de artigos esportivos na Netshoes, recente integração do Magalu.
Foto Destaque: Plataformas digitais do Magazine Luiza. Divulgação/Estadão