Em um desenvolvimento crucial, a Americanas S.A. assegurou um acordo de capitalização de R$ 24 bilhões, com aporte de R$ 12 bilhões dos acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, e conversão de igual valor em dívida pelos credores, visando a recuperação judicial da companhia. CFO das Americanas afirma que plano é diminuir dívida para R$ 1,875 bi.
Aporte de acionistas e conversão da dívida
Enfrentando desafios financeiros, a Americanas S.A. comunicou na última segunda-feira (27) o apoio de credores-chave como Bradesco, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Santander Brasil, que compõem mais de 35% da dívida.
O suporte crucial concretiza um plano de recuperação de R$ 24 bilhões, dividido entre aporte de R$ 12 bilhões de acionistas de referência, incluindo Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, e a mesma quantia em dívida convertida. AGCs foram marcadas para 19 de dezembro e 22 de janeiro.
Carlos Alberto Sicupira, do trio de bilionários com Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, maiores acionistas da Americanas (Foto: reprodução/X/@laurojardim)
Plano é diminuir a dívida da Americanas para R$ 1,875 bi
Com linhas de fianças bancárias de R$ 1,5 bilhão, o plano é fortalecer a liquidez da empresa. A dívida bruta é projetada para reduzir para R$ 1,875 bi, conforme o comunicado de Camille Loyo Faria, diretora financeira da Americanas.
O plano inclui pagamento integral para credores com créditos até R$ 12 mil, e condições especiais para fornecedores. Seguem outros pontos da estratégia, que visa a recuperação da empresa e a preservação de sua atividade econômica e empregos:
- Disponibilização de R$40 milhões para pagamento de credores com créditos superiores a R$12 mil;
- Bônus de subscrição a R$0,01 para cada 3 ações emitidas;
- Nova eleição para o conselho administrativo após aumento de capital;
- R$8,7 bilhões destinados ao pagamento de credores financeiros.
Foto Destaque: unidade das Lojas Americanas (Reprodução/X/@Estadao)