Após se despedir de “Volta Por Cima” no Brasil, Jacqueline Sato tem trabalho recém-lançado em outro país. A novela das sete da TV Globo, escrita por Claudia Souto, chegou ao fim por aqui, mas já começou um novo capítulo do outro lado do Atlântico: desde 6 de abril, a trama está sendo exibida em Portugal, levando seus personagens e conflitos para o público lusitano.
Na pele de Yuki, Jacqueline interpreta uma mulher de negócios moderna e marcada por traumas do passado. A personagem rompe com estereótipos frequentemente associados à identidade asiático-brasileira, apresentando uma figura complexa que se move por suas escolhas e afetos, e não por rótulos culturais.
Jacqueline Sato (Foto: reprodução/Tiago Carvalho)
“A Yuki me tocou muito porque ela não precisa se explicar para existir, como tantas vezes já aconteceu para pessoas asiático-brasileiras nos poucos personagens que se tinha oportunidade no audiovisual. Ela surpreende, não é nada óbvia, sente, erra, ama, negocia, falha, aprende, apoia e é apoiada por outras mulheres. Tudo ao mesmo tempo. Isso é muito humano.”, comenta Jacqueline.
Jacqueline Sato (Foto: reprodução/Tiago Carvalho)
A exibição internacional da novela reforça, para a atriz, o poder da dramaturgia de criar pontes. “Estrear em Portugal enquanto a gente ainda está se despedindo da novela aqui no Brasil é muito simbólico. São países intimamente ligados, que compartilham a língua, mas que nem sempre caminham próximos quando se trata de cultura, de cotidiano, de experiências sociais”, reflete.
Jacqueline Sato (Foto: reprodução/Tiago Carvalho)
“Levar uma história como essa, com temas tão universais, para outro país lusófono é também uma maneira de aproximar realidades. A arte permite isso. É bonito ver como ela atravessa oceanos e segue fazendo sentido em outros contextos. Mesmo com sotaques diferentes, seguimos falando de humanidade.”
Foto destaque: Jacqueline Sato (reprodução/Tiago Carvalho)