Durante o último domingo (15), aconteceu a premiação que marcou o fim da edição de 25 anos do Festival do Rio. A comemoração que premiou produções nacionais e internacionais foi realizada em um dos principais cinemas de rua do Rio de Janeiro, o Cine Odeon, na região do centro da cidade. A noite repleta de estrelas contou com convidados especiais que prestigiaram um dos festivais mais importantes do cenário audiovisual da América Latina.
Domenica Dias e Danilo Mesquita no encerramento do Festival do Rio (Foto: Eduarda Monteiro)
O ator e cantor baiano Danilo Mesquita, conhecido por produções como “Ricos de Amor”, da Netflix, “I Love Paraisópolis”, “Segundo Sol”, “Éramos Seis”, “Além da Ilusão” e outras telenovelas da Rede Globo, além de estar confirmado no elenco de “Amor da Minha Vida”, futura série nacional da Star+, esteve presente para prestigiar os colegas de profissão, incluindo a namorada, a atriz Domenica Dias. A artista faz parte do elenco do filme “Levante”, premiado em duas categorias do Festival: Melhor Montagem e Melhor Direção de Ficção.
Danilo Mesquita fala sobre a importância do Festival do Rio no contexto do Brasil pós Covid
No momento pré-cerimônia, Danilo conversou com o Lorena.R7 sobre a importância do Festival do Rio no cenário pós-pandemia e resistir há 25 anos no desafiador mercado audiovisual brasileiro.
Danilo Mesquita no encerramento do Festival do Rio (Foto: Eduarda Monteiro)
“Sim, imagina! Um cenário pós-pandemia de um governo que não veio pra ajudar a cultura, na verdade, tratou a cultura como se ela fosse um pouco inimiga, como se os artistas fossem inimigos da democracia. Porque a cultura é o lugar da liberdade, é o lugar onde você discute, onde você coloca o dedo na ferida. É o lugar onde o Brasil precisa ser falado de forma verdadeira, adulta, real, pra que ele cresça, pra que ele se desenvolva.
A gente é um país muito problemático, que foi construído em cima de questões muito problemáticas e a gente não pode mais fingir que isso não existe. A arte, para um governo que quer a ditadura, pra um governo de extrema direita, é inimiga. Então tem essa importância disso, de uma pandemia que foi totalmente negligenciada por esse governo, e a arte foi atacada.
A gente sabe o que a arte faz com dinheiro, com incentivo e é muito difícil fazer. Então, esse festival estar assim, cheio…e o cinema se faz com muita gente, muito sonho, muita batalha. É sempre difícil, frio, calor, você vai pra rua, é uma batalha gigantesca…deliciosa, mas uma batalha gigantesca e cansativa, e que esses momentos são os momentos da celebração, e a gente não pode perder nunca.
Então a importância desse festival é gigantesca, necessária. E a arte precisa de lugares como esse, que resistem há 25 anos, pra celebrar o nosso cinema. É fundamental. Estar aqui é uma emoção. Ver tanta coisa, tanta gente linda, tanta gente nova surgindo, que é muito legal ver gente nova…me deixa emocionado. Fico emocionado.”
Foto destaque: Danilo Mesquita no Festival do Rio (Foto: Eduarda Monteiro)